Ultimamente são as crianças que mais morrem em nosso país. Morrem afogadas nos rios, morrem em acidente de trânsito, morrem vítima do dengue, morrem por falta de assistência médica nos hospitais, morrem às vezes até afogadas em sanitários de maternidades, morrem por falta de cuidados de quem dirige o serviço público, morrem nos lixões das grandes cidades, morrem por maus tratos até mesmo dos seus próprios familiares, além de passarem muita fome em pleno século XXI.Misericórdia do Senhor! As crianças hoje são um dos seguimentos da sociedade que mais sofre. É preciso que as instituições, as famílias, as classes sociais, os governos, aqueles que têm o poder em mãos, façam alguma coisa, vejam o que não estão vendo, percebam o que não estão percebendo, as crianças estão morrendo por falta de cuidados, de solidariedade, de condições sociais concretas para viver como gente. E mais, as crianças estão morrendo por falta de amor ao próximo.
Onde está a ética que tanto falam os poderes, as elites e as classes sociais deste país? Perdoem-me, mas não existe ética sem justiça e sem a verdadeira prática do bem sobre tudo para com os mais necessitados. Vejamos o que diz Jesus Cristo, no Evangelho escrito por São Mateus, (capítulo 19, 13-15). “Deixai vir Amim as crianças e não as proíbam”. O que significa para todos nós nos dias atuais, esta manifestação de Jesus? Sem dúvida é uma manifestação de apreço e acolhimento as Criaturas do Reino, as crianças. Cuidemos das crianças com carinho e atenção onde quer que elas se encontrem. Cuidar das crianças é cuidar do novo amanhã saudável e feliz. É cuidar da construção do Reino de Deus, pois dele pertencem todas as crianças do mundo, em especial aquelas que vivem no abandono, sem casa para morar, sem escola, sem lazer, sem roupa, sem calçado, sem os seus direitos básicos, sem sossego, sem paz, sem saber onde repousar a cabeça.
Artigo de autoria de Alborino Teixeira
Teólogo e Professor de ensino religioso
E-mail: teixeiraalbirino@ig.com.br
