O secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina, Gilberto Paixão, vai denunciar à delegada geral da Polícia Civil, Hildete Evangelista, uma prática cada vez mais comum no setor comercial de Teresina: o abuso de policiais civis, intimidando, constrangendo e ameaçando empregados, suspeitos de delito, levados ao distrito por gerentes e donos de lojas em seus próprios veículos.
Paixão afirmou que o caso mais recente aconteceu ontem (25), quando a comerciaria Maria de Fátima, gestante, funcionária da loja Maninho Variedades, foi levada pelo próprio dono da loja ao primeiro distrito policial e entregue ao investigador Carlão. O caso nem mesmo havia sido oficializado em boletim de ocorrência.
Este policial. Segundo Paixão, foi acusado por Maria de Fátima de intimidação e constrangimentos dentro do distrito policial. Ela teve o celular apreendido.
O sindicalista disse que esta prática é comum: a mando de donos de lojas, os policiais intimidam aqueles funcionários levados ao distrito pelos proprietários de lojas, fazendo com que estes confessem delitos como roubo, para, com isso, forçar a demissão por justa causa. “Isso é o que mais acontece e policiais civis se prestam a este tipo de serviço”, afirmou.
“Fatos como estes não podem acontecer num governo como o de Wellington Dias, que sempre lutou ao lado dos trabalhadores. Vamos pedir providências ao secretário de Segurança Robert Rios e até ao governador”, acrescentou.
“Queremos e torcemos para que a polícia civil faça seu trabalho de investigação, mas não admitimos que policiais civis façam um serviço sujo, a mando de lojistas que não tem compromisso com a sociedade”, disse Paixão.