Antes da chegada do homem branco à região de Batalha, no século XVII, o local era habitada por inúmeras tribos indígenas de diferentes culturas. As inscrições rupestres encontradas nos sítios confirmam a hipótese.
O município tem mais de 10 sítios arqueológico identificados com inscrições rupestres. Esse rico patrimônio histórico, gradualmente descoberto, até hoje não foi estudado. Infelizmente, muitos desses sítios sofrem ameaças quanto a sua integridade, pois até um conjunto habitacional está sendo construído em torno de um deles. O impacto do empreendimento sobre o patrimônio arqueológico, pode significar a destruição do local. Um belíssimo conjunto de pinturas e gravuras rupestres que se encontra espalhado na "Pedra do Letreiro" poderá desaparecer. Trata-se de uma área arqueológica pouco conhecida, que precisa urgentemente ser estudado de forma minuciosa.
Segundo o Secretário de Cultura do Município, Genival Machado, a prefeitura de Batalha já tem um projeto em parceria com o IPHA (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O local receberá uma infra-estrutura, como iluminação para facilitar a visão do sítio arqueológico, uma passarela para evitar que as pinturas sejam tocadas, assim o sitio estará sendo conservado e aberto ao publico.
A chefe da divisão técnica do IPHAN, em Teresina, a Drª. Claudiana Cruz, confirmou que existe realmente o projeto, mas, não soube precisar o total de recursos para execução da obra. Falou da existência de muitos sítios na região de Batalha, e que todos foram identificados, mais é impossível o “IPHAN” cuidar sozinho deste patrimônio. É preciso à participação da comunidade, e principalmente, interesse do poder público municipal.
Quanto à construção de um conjunto habitacional em torno do sitio, Drª. Claudia ficou surpresa. “Isso é grave. Vamos procurar a prefeitura de Batalha, para sabermos se o fato procede. O ideal seria remoção das casas já existente no local”. Finalizou a diretora.
Everardo Torres – Blog Folha de Batalha