15 de abril de 2008

Sucessão de Teresina

Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

Na minha humilde concepção, o panorama político de Teresina não sofrerá alteração nesta eleição que se aproxima. Os conchavos entre as lideranças dos partidos permanecem o mesmo. A única mudança que poderíamos observar seria a aliança entre petistas e peemedebistas, caso estes não estivessem atrelados ao governo do Estado. No âmbito do poder já existente na prefeitura, nenhuma novidade: ninguém entrou e nem saiu. PSDB, PTB e PV continuam umbilicalmente ligados ao comando municipal.

Líder nas pesquisas, o prefeito Sílvio Mendes deverá ser reeleito, e na Câmara Municipal o quadro não terá também muita alteração. Os atuais partidos que a compõem deverão manter o assento dos mesmos números de vereadores. O que poderia acontecer seria apenas a substituição de alguns nomes. O PSDB deverá manter a hegemonia e até aumentar as cadeiras devido a possível candidatura de Firmino Filho, que vai entrar para aumentar a legenda, quanto aos demais partidos eles deverão continuar com as vagas que já possuem.

As oposições da capital mantêm o mesmo discurso sobre as sucessivas administrações do PSDB na capital, focando sempre a falta de obras estruturantes e a questão do sistema de transporte coletivo. No entanto, não conseguem convencer os eleitores, por não apresentarem nenhum projeto viável para estes setores. De certo é que a prefeitura vem realizando obras em todos os pontos do município, que podem até não resolver os grandes problemas de Teresina citados pela oposição, no entanto, estão satisfazendo os anseios básicos da população.

Uma das táticas utilizadas pelo PSDB da capital nessa administração é deixar o plano político para segundo plano. O prefeito Sílvio Mendes adotou essa postura desde a sua posse, mesmo a contragosto de alguns correligionários que às vezes exigem do prefeito respostas duras para certas acusações advindas de adversários políticos. Talvez, por isso, até opositores radicais como Nazareno Fontelles, concorrente principal do prefeito na corrida pelo cargo de gestor municipal, não tenha disparado a sua metralhadora contra Sílvio Mendes.

O petista é tido por seus pares como encrenqueiro por ter criticado veementemente as administrações tanto do presidente Lula como de Wellington Dias. Recentemente, redimiu esse pecado para conseguir viabilizar a sua postulância em concorrer à prefeitura. Entretanto, como certas mágoas não se apagam, muitos dos seus partidários só engoliram a sua candidatura graças ao espírito aglutinador do governador Wellington Dias, que é do PT, mas consegue o que deseja com o PMDB, inclusive a retirada do partido na corrida pela prefeitura. Este é o quadro do momento!