No início de setembro, o carro-pipa abasteceu as cisternas em Capitão Gervásio Oliveira apenas de famílias que se dizem simpáticas a mais um mandato do prefeito. Nas demais casas, mesmo que próximas às atendidas, apenas a poeira da passagem do caminhão com água.
A Folha procurou o prefeito José Filho (PSB). Ele admitiu o uso do carro-pipa, mas apresentou diferentes versões sobre os custos da operação.
Primeiro, disse que o frete foi pago por seu comitê de campanha. Depois, afirmou que a prefeitura havia bancado o serviço.
"O carro-pipa passou aqui em frente, mas não sei por que não colocou na minha [cisterna]. Parece marcação com a gente", disse Teresinha da Silva, 61.
"Eu perguntei pro menino [motorista], mas ele disse que era só pros pontos marcados."
A menos de três quilômetros de Teresinha vive Domingos de Souza, 54. Ele ganhou do prefeito uma "pipada" na cisterna.
"Eu fui lá no comitê de campanha dele e pedi. Três dias depois vieram aqui e deram uma pipada d’água [cerca de 6.000 litros] na cisterna [com capacidade para 15 mil litros]", disse o agricultor.
Mais à frente, outro que viu apenas a poeira do caminhão. "A cisterna do meu pai está quase seca, mas lá eles não param de jeito nenhum. Eles sabem que a gente não vota nele de jeito nenhum", afirma Dario de Souza, 37.
Com cartazes do prefeito colocados na porta e na parede de casa, Cleide Gomes, primeiro negou a ajuda do prefeito. "A cisterna está cheia por causa das chuvas."
A chuva do começo do ano? Ela sorriu e disse: "Olha, [o carro-pipa] botou água mesmo. [A cisterna] estava sequinha e pra pegar água aqui é longe demais".
"A prefeitura é que paga, pra não dizer que a gente está fazendo política. A gente usa o recurso da prefeitura", disse o prefeito, logo após ter afirmado que a campanha pagara pela água.
Folha de São Paulo
A Folha procurou o prefeito José Filho (PSB). Ele admitiu o uso do carro-pipa, mas apresentou diferentes versões sobre os custos da operação.
Primeiro, disse que o frete foi pago por seu comitê de campanha. Depois, afirmou que a prefeitura havia bancado o serviço.
"O carro-pipa passou aqui em frente, mas não sei por que não colocou na minha [cisterna]. Parece marcação com a gente", disse Teresinha da Silva, 61.
"Eu perguntei pro menino [motorista], mas ele disse que era só pros pontos marcados."
A menos de três quilômetros de Teresinha vive Domingos de Souza, 54. Ele ganhou do prefeito uma "pipada" na cisterna.
"Eu fui lá no comitê de campanha dele e pedi. Três dias depois vieram aqui e deram uma pipada d’água [cerca de 6.000 litros] na cisterna [com capacidade para 15 mil litros]", disse o agricultor.
Mais à frente, outro que viu apenas a poeira do caminhão. "A cisterna do meu pai está quase seca, mas lá eles não param de jeito nenhum. Eles sabem que a gente não vota nele de jeito nenhum", afirma Dario de Souza, 37.
Com cartazes do prefeito colocados na porta e na parede de casa, Cleide Gomes, primeiro negou a ajuda do prefeito. "A cisterna está cheia por causa das chuvas."
A chuva do começo do ano? Ela sorriu e disse: "Olha, [o carro-pipa] botou água mesmo. [A cisterna] estava sequinha e pra pegar água aqui é longe demais".
"A prefeitura é que paga, pra não dizer que a gente está fazendo política. A gente usa o recurso da prefeitura", disse o prefeito, logo após ter afirmado que a campanha pagara pela água.
Folha de São Paulo