5 de março de 2009

O lixo pode gerar doenças


Artigo de autoria de Alborino Teixeira da Silva - professor da Rede Estadual de Ensino do Piauí

Os bairros, praças e avenidas de Teresina estão tomadas pelo lixo, transformando a cidade numa verdadeira lixeira. É que o prefeito da cidade não tem conseguido, neste segundo mandato, retirar a grande maioria do lixo produzido pela população, para que a cidade fique livre de doenças como a dengue, calazar, meningite, leptospirose e outras que aparecem com mais frequência no período chuvoso.

Ainda assim, o prefeito Silvio Mendes, segundo matéria publicada no Jornal O Dia (edição do dia 20 de Fevereiro), já admite ser candidato nas próximas eleições. No meu entendimento, o que precisa mudar é a falida política de limpeza pública, e não seu cargo de prefeito para o de governador.

Que falta de juízo, meu Deus! E você que é cidadão, eleitor que ajuda a cada eleição a definir a vida e os destinos desta cidade, o que diz desta questão? O prefeito não tem uma política de limpeza pública capaz de resolver o problema como um todo. Se olharmos os bairros, as periferias da cidade, veremos claramente a situação precária da coleta de lixo.

É o caso do conjunto habitacional José Francisco de Almeida Neto, o Mocambinho, onde há muito tempo o carro da coleta de lixo passava regularmente todas as terças, quintas e sábados. Atualmente o carro deixa de passar de três a quatro dias. E mais: nenhuma satisfação é dada à população por parte da SDU/Centro Norte. Parece até que não existe!

Entendo que as administrações regionais foram criadas com o objetivo claro de descentralizar os serviços da prefeitura, facilitando o diálogo com a população e atendendo as suas reivindicações de forma mais rápida e eficiente. O que não tem acontecido. Ao contrário, tem piorado e começam a se transformarem em verdadeiros elefantes brancos. É só prestarmos atenção nas inúmeras reclamações e apelos da população através dos meios de comunicação, principalmente pelo rádio, que ainda figura como o maior veículo de comunicação do mundo.

Quem sai perdendo com isso é somente a população, que paga altos impostos e ainda tem suas portas abarrotadas de lixo e animais ciscando dia e noite, tirando o sossego das donas de casa que já carregam muitas responsabilidades sobre seus ombros. Onde está a câmara de vereadores, que agora está acenando através de seu presidente a realização de audiências públicas nos bairros?

Tal vez não seja nada mau, mas é preciso ficar claro: de nada adiantará ir aos bairros fazer discursos vazios, tomar o tempo das pessoas de boa vontade e depois não ter propostas concretas de resolução dos problemas do povo, pelo menos a longo prazo. É preciso dar uma cara nova à nossa cidade que atualmente se encontra mergulhada num mar de problemas como lixo, desemprego e violência.