“Morreu o melhor filho do Piauí, um exemplo de trabalho, um exemplo de amor à família, ao seu estado e à sua gente”. Foi assim que, da tribuna do Plenário, o senador Mão Santa (PMDB-PI) prestou uma homenagem póstuma ao ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal Alberto Silva, que morreu na madrugada da segunda-feira (28), em Brasília, aos 91 anos. Ele estava internado por causa de um câncer na próstata.Mão Santa lembrou algumas passagens da vida de Alberto Silva, como a sua formatura no curso de engenharia civil, na Escola de Engenharia de Itajubá, em Minas Gerais. Também registrou que, em 1948, Alberto Silva foi eleito, pela UDN, prefeito de Parnaíba. Dois anos depois elegeu-se deputado estadual. Renunciou ao mandato após ser nomeado diretor da Estrada de Ferro de Parnaíba, onde permaneceu durante o período de 1951 a 1953.
Em 1954 Alberto Silva foi eleito pela segunda vez prefeito de Parnaíba. Voltou a dirigir a Estrada de Ferro do município em 1960 e, um ano depois, foi nomeado diretor da Companhia de Força e Luz de Parnaíba. Trocou o Piauí pelo Ceará, onde, no período de 1962 a 1970, dirigiu a Companhia de Eletricidade do Ceará, durante os governos de Parsifal Barroso, Virgílio Távora e Plácido Castelo.
- A revolução, em um dos seus atos mais felizes, indicou Alberto Silva para o governo do Piauí. Ele era um político avançado, foi responsável por um período próspero, ele dinamizou o estado - afirmou Mão Santa.
Alberto Silva foi nomeado presidente da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), em 1976. Dois anos depois foi eleito primeiro suplente do senador Dirceu Arcoverde. Foi efetivado em março do ano seguinte, após a morte do titular. Em 1986 iniciou mais um mandato como governador do Piauí. Em 1994 foi eleito deputado federal. Voltou ao Senado em 1998. Em 2004 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o nomeou para o Conselho da República. Em 2006 a população do Piauí concedeu um segundo mandato de deputado federal para Alberto Silva.
