
Após exibir edição do jornal O Estado de S. Paulo da última quarta-feira (18), cuja foto da capa mostrava aposentados deitados em corredor da Câmara dos Deputados em vigília pela aprovação de projeto que acaba com o fator previdenciário, Mão Santa classificou o episódio como uma "vergonha" e cobrou o compromisso do Congresso de resgatar "a moral e a dignidade" dos aposentados.
Nesse mesmo discurso, aproveitou para justificar sua saída do PMDB dizendo ter-se recusado a deixar o partido "oferecer sua cabeça, como Salomé fez com João Batista, aos 'Herodes' do governo do Piauí". Iluminado por Deus, conforme se declarou, optou por se filiar ao PSC, onde "está muito feliz" e já participou, nesta quinta-feira (19), do primeiro programa eleitoral nacional.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou a adesão de Mão Santa à causa dos aposentados e advertiu que, se os projetos que garantem aumento real aos benefícios e acaba com o fator previdenciário não forem aprovados, o valor das aposentadorias e pensões "vai despencar".
Os peemedebistas Pedro Simon (RS) e Geraldo Mesquita Júnior (AC) lamentaram, também em aparte, a saída do senador pelo Piauí do partido. Simon fez críticas à direção nacional do PMDB por se recusar a ter candidatura própria nas últimas eleições presidenciais e considerou "ridícula" a decisão do partido de não impedir a saída de Mão Santa. Já Mesquita Júnior se comprometeu a participar da campanha de Mão Santa para as eleições de 2010 e dar seu testemunho sobre o trabalho realizado por ele no Senado.