16 de novembro de 2009

A sucessão esquenta

Os atuais acontecimentos políticos do momento sobre a sucessão estadual levam a crer que o senador João Vicente Claudino (PTB), sai na frente na largada dos concorrentes da base aliada. Vejam só: O próprio senador já declarou que é candidato porque as pesquisas lhes favorecem. Esse é apenas um dos fatores. O outro é que não admite a hipótese de candidatar-se pela oposição.

Resumo da ópera: é uma estratégia muito boa nos dois sentidos. Primeiro porque cala a boca dos concorrentes aliados por causa das pesquisas. Segundo, porque sabe que se o opositor for o prefeito Silvio Mendes (PSDB), a prefeitura estará em suas mãos, pois o vice-prefeito Elmano Ferrer (PTB), além de pertencer à sigla da qual é presidente, ainda conta com a fidelidade do vice-prefeito, que trabalha para o grupo empresarial do seu pai.

Mas, porém, o abacaxi maior para ser descascado está nas mãos do governador Wellington Dias. Preocupado com a sua candidatura a senador não pode contrariar nenhum dos pré-candidatos da base aliada. Afinal, todos têm certo poderio eleitoral. O vice-governador detém o comando do PSB – um partido crescente no Estado. O deputado Marcelo Castro (PMDB), tem o apoio do partido e conta com a sua grandeza no interior. Por último, o secretário Antônio José Medeiros (PT), pertence ao próprio partido do governador.

Por isso, é que a equação para ser resolvido vai necessitar de muita habilidade política e o teste passa primeiro pela caneta de Wellington Dias. Na última sexta-feira (13), o comentarista político Carlos Augusto de Araújo Lima, ressaltou que provavelmente o candidato da base governista será mesmo o senador João Vicente (PTB). Segundo ele, já existe um acordo entre o pai do senador, empresário João Claudino, com o governador Wellington Dias. Resta apenas quais as vagas a serem oferecidas aos demais.

Mas, porém, existem ainda os que querem precipitar "rachas" na base aliada para tirar proveito por dentro do conjunto de partidos que dá sustentação ao governo Wellington Dias. Para isso ser confirmado basto apenas o pré-lançamento oficial do candidato da base governista. Após isso, esperem pra ver que a debandada vai ser grande. Isto ainda não aconteceu por causa dos cargos que ocupam.

Portanto, a sucessão de Wellington Dias (com ele ou sem ele no governo) está cada vez mais imprevisível ou até previsível demais. Se Silvio Mendes desistir, pelo menos os personagens novos ou que assim se julgam, não tem qualquer chance.

Por Jânio Holanda - Jornalista