A democracia só será plena de verdade neste país quando os direitos do cidadão garantidos pela Constituição Federal serem iguais e forem respeitados. Os exemplos são infinitos, porém aqui vou emitir a minha humilde opinião sobre fatos que no momento são destaques na imprensa local. Referimo-me ao embate pré-eleitoral fora de época promovido por integrantes da base aliada do governo. Em especial aos candidatos à sucessão do atual governador Wellington Dias.
Talvez os próprios se autodefinem como “pré-candidatos” intuitivamente no sentido de driblar a justiça eleitoral, que a meu ver, está sendo branda até demais para com eles. Vejo prefeitos do interior serem cassados constantemente, acusados de cometerem crimes eleitorais, até com menos gravidade do que estamos vendo agora por parte dos pré-candidatos da base. São carreatas interior afora, discursos de campanha, entrevistas aos meios de comunicação direcionadas aos eleitores, enfim, atitudes de candidatos quando estão em campanha eleitoral.
Já que a lei não permite campanha fora de época, então porque a justiça eleitoral faz vistas grossas. Pois, pelo menos até agora não vimos sequer uma linha nos meios de comunicação falando sobre o assunto. Sem puxar sardinha para A ou para B, mas são público e notório a seqüência de viagens de todos eles espalhando as suas candidaturas. Porém, o que o candidato do PT está fazendo supera a todos os outros em todos os termos. Para se ter idéia todos os atos do governo, quando o comandante não comparece é ele quem o representa, muito embora que a ação não pertença a sua pasta, que é a da educação.
Recentemente, o governo promoveu o sorteio das casas de um conjunto habitacional em Teresina e lá estava ele, discursando como se fosse o gestor da habitação. Na televisão, chega ao ponto de esbravejar que só não sai candidato oficial da base se o diretório nacional do partido intervir no estadual. O próprio partido ta fazendo um verdadeiro périplo pelo estado, com a desculpa de comemorar o aniversário, mas na verdade está tratando é da promoção da imgagem de seu candidato.
Os outros candidatos também estão participando de inaugurações de obras de prefeituras no interior, e da oportunidade aproveitam para fazer o lançamento das suas candidaturas. Com tudo isso acontecendo, somente a justiça eleitoral não quer enxergar esses excessos. Para esta eleição que se aproxima no mínimo seis candidatos estarão a concorrer o pleito. No entanto, uma trinca de pequenos partidos que sempre colocam uma figura para participar do processo, não terá a mesma chance de disputa com os demais que, além de serem políticos tradicionais, já estão com o bloco na rua há muito tempo, mesmo que seja infringindo as leis.
Portanto, o que se espera é mais rigor por parte da justiça eleitoral para coibir os atos abusivos dos candidatos que estão em campanha fora de época. Se agora as providências não forem tomadas a contento, imaginem durante o período legal. Mudar é preciso. E ainda há tempo!
Por Jânio Holanda - Jornalista