Atendendo à convocação do Legislativo Municipal estiveram na sessão da Câmara desta quinta-feira (13) os representantes das empresas Hidrotec e Jurema, Roberto Neres da Silva e Ademir Alves Medeiros, o diretor regional da Agespisa, Marco Aurélio Santos, e o secretário de Serviços Urbanos, Antônio de Pádua Melo. Os mesmos foram chamados para prestarem esclarecimentos quanto às obras de implantação do esgotamento sanitário e troca de tubulação de abastecimento na cidade parnaibana.
Abaixo acompanhe os questionamentos feitos por cada vereador durante a sessão:
O vereador Ronaldo Prado questionou o motivo para tamanha morosidade na conclusão das obras, sendo que existem trechos como a Rua Pedro II que está há seis meses esburacadas. Ronaldo Prado perguntou ainda se existe cobrança por parte da Prefeitura de Parnaíba. O empresário da Jurema, Ademir Medeiros, declarou que seu trabalho de implantação de 120 km de esgoto está concluído, que faltam apenas realizar três elevatórios e a lagoa de estabilização, mas que isso está dependendo de um aditivo orçamentário à obra que recebeu adequações de quase quatro mil itens de seu projeto inicial. Quanto às ruas pediu a relação para os devidos reparos. O secretário Antônio de Pádua disse que apesar da fiscalização não ser de responsabilidade do município, no último dia 22 de abril foi enviada à presidência da Agespisa um ofício pedindo que a Hidrotec (responsável pela troca de canos de abastecimento de água), realizasse o tapa buraco na cidade parnaibana, pois isso impede o recapeamento asfáltico de Parnaíba por parte da prefeitura. O representante da Hidrotec, Roberto Neres, informou que também aguarda um aditivo por parte da Agespisa para o tapa buraco já que no projeto inicial estava previsto 5.800 metros quadrados de reposição de asfalto, mas essa projeção praticamente dobrou ao longo da obra.
O vereador Antônio Diniz perguntou sobre a previsão do término da obra e se Agespisa já está preparada para quando a mesma for concluída. Segundo Ademir Medeiros, após resolvida a burocracia no máximo em seis meses entrega a obra concluída. Já o representante da Hidrotec afirmou que depois de aprovado o aditivo precisará de 90 dias para o término. O gerente regional da Agespisa, Marcos Aurélio, disse que já foi solicitado concurso público para os cargos de técnico e serviço de campo que irão atuar no tratamento do esgoto, o representante da Agespisa informou ainda que a empresa vai fornecer ajuda técnica para ligar o sistema às residências.
Ronaldo Prado voltou a questionar se os consumidores estão sendo informados sobre o aumento de 50% na tarifa após a implantação do novo sistema. Marco Aurélio afirmou que este trabalho está sendo realizado pelos agentes sociais da Agespisa.
A vereadora Francisca Neta perguntou o que leva a Jurema a demorar tanto tempo para concluir o que começou no bairro Do Carmo. Ademir Medeiros disse que o assentamento da tubulação está concluído, mas que levará mais 15 dias para resolver o que ainda falta, o empresário disse ainda que as várias mudanças feitas durante a execução da obra se dão em virtude do projeto ter cerca de dez anos. Ronaldo Prado, em aparte, disse isso deveria ter sido visto antes mesmo de iniciar o trabalho, já que Parnaíba mudou bastante em uma década.
O vereador Carlos Alberto Teles à Hidrotec por quanto tempo o tapa buraco estava parado. O representante da empresa informou que há cerca de 50 dias e que o engenheiro fiscal da Agespisa informou que o aditivo para dar continuidade ao recapeamento asfáltico ainda deve demorar mais 20 dias, Roberto Neres disse ainda que os canos utilizados seguem o padrão estabelecido em contrato e fiscalizado pela Agespisa. O vereador petebista pediu ao presidente da Câmara, vereador João Câncio Neto, que envie um ofício à Agespisa pedindo explicações sobre o andamento deste caso, Beto informou ainda que tem conhecimento de uma ordem de serviço por parte da Prefeitura de Parnaíba para a realização de 230 mil metros quadrados de asfalto destinado ao centro da cidade, mas que ainda não foi realizado porque a Hidrotec não cumpriu sua parte na obra.
O vereador Fernando Gomes relembrou que o presidente da Agespisa, Merlong Solano, esteve na Câmara no ano passado e firmou acordo com o Legislativo para resolver os problemas relacionados à obra, mas que nada do que foi combinado foi cumprido pelo gestor, o petista questionou sobre quando da aprovação do aditivo se as empresas têm compromisso em recuperar todas as áreas danificadas. Tanto a Hidrotec quanto a Jurema declararam que existem cláusulas contratuais que os comprometem a realizar o trabalho por completo, sob pena de serem responsabilizados legalmente perante a Justiça.
Ao final os vereadores João Câncio Neto, Fernando Gomes e Ronaldo Prado sugeriram a contratação de um engenheiro para juntamente com as reclamações feitas pela população ser realizado um relatório dos pontos críticos da cidade e que o mesmo seja levado ao conhecimento das empresas para resolução. A comitiva de visitação, além dos vereadores, também deverá ser formada pelos representantes das duas empresas, Agespisa e Prefeitura de Parnaíba para voltar a abordar o assunto no início do mês de junho com a participação popular no Plenário da Câmara de Parnaíba.
Texto e fotos: Ascom CMP