13 de maio de 2010

Controle ao tabagismo é tema de Fórum Social

Hoje, o Fórum de Mobilização Social para o Controle do Tabaco reúne secretarias estadual e municipais da Saúde e Educação, poder Legislativo, mídia, Ministério Público e organizações não governamentais, como a Aliança de Controle ao Tabagismo no Brasil (ACTBR) , para a discussão acerca das formas de controle ao fumo e promoção da saúde pública.

O evento está acontece no Água Limpa Hotel (zona leste de Teresina) e prossegue até às 18 horas, com palestras de técnicos onde serão debatidas, também, as leis que impedem que se fume em lugares públicos fechados, como a lei municipal da vereadora Rosário Biserra e a lei estadual do deputado Antonio Felix. “Esta lei prevê a proibição total do fumo em locais de uso coletivo fechados, como bares e restaurantes. Dessa forma não poderá existir nem espaço exclusivo de fumantes. Essa proibição visa preservar a saúde coletiva, sobretudo daqueles que escolheram não fumar”, ressalta a vereadora, que participou da abertura do evento hoje, pela manhã.

Além disso, assuntos como situação socioeconômica dos fumantes, questões econômicas e o impacto do tabagismo na saúde da mulher e da criança, são assuntos que devem ser discutidos no evento, ainda hoje.

Paula Jonhs, diretora executiva da ACTBr, fala sobre a situação atual do tabagismo no Brasil. “Embora o Brasil já tenha leis mais rígidas em relação a isso, precisa avançar mais na questão dos ambientes totalmente livres de fumo, aumentar mais os impostos e os preços dos produtos, vetar toda publicidade, promoção e patrocínio de produtos de tabaco, além de implementar políticas agrícolas mais arrojadas e lançar mão dos Direitos Humanos, nesse controle”, defende a diretora. “Países como a França, já estão processando donos de restaurantes pelo não cumprimento da lei. A permissão do fumo nos seu estabelecimento se configura como um desrespeito e prejuízo à saúde de seus funcionários e dos clientes atendidos” completa.

O tabagismo mata cerca de 200 mil pessoas anualmente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer – Inca. É também reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como um problema de saúde pública grave, não sendo considerado apenas como um hábito ou sinônimo de sucesso como em outros tempos.