Parece-me que os peemedebistas agora tomaram um rumo. Ou não? Tem gente que ainda afirma de corpo e alma que não acredita na decisão tomada recentemente pela executiva do partido sobre o caminho a trilhar nas eleições vindouras. A escolha do deputado Moraes Souza Filho para compor a chapa com Wilson Martins, segundo as lideranças da agremiação agradou a gregos e troianos.
Pelo menos alguns dos rebeldes como a deputada Ana Paula e família parece que embarcou junto com o deputado Moraes Souza Filho. Resta saber se os outros: João Madson e Mauro Tapety também seguirão a timoneira nesse barco. Se verdade for os comentários que estes dois últimos deputados citados, assim como Ana Paula emplacassem seus irmãos como secretários de estado tudo estaria resolvido na alçada do PMDB.
No entanto, até o momento da produção destas mal traçadas linhas, tanto o deputado Mauro Tapety como João Madson ainda não vieram a público confirmar esses comentários. Ao que sabemos, antes da decisão partidária de resolver a questão do cargo de vice-governador, este dois deputados estariam marchando com os candidatos de oposição. João Madson apoiando o senador João Vicente Claudino e Mauro Tapety ao ex-prefeito Sílvio Mendes.
Mas, no mundo da política tudo é viável, principalmente quando trata de oferta de cargos. Vale ressaltar que nesta esfera o PMDB é expert no assunto. Portanto, até as convenções que acontecem em julho muita água ainda vai rolar por baixo da ponte. Mesmo o PMDB resolvendo o seu problema e na hipótese de marchar unido com Wilson Martins, existem ainda outros partidos da chamada e antiga base aliada com ciumeiras.
Pelo menos, na semana que passou, os deputados Flávio nogueira (PDT) e Roberth Rios (PCdoB), foram às telinhas reivindicar um lugarzinho nos principais cargos da chapa majoritária. Entretanto, o que se pode observar é que são muitas pessoas para ocuparem um espaço que tem número limitado. E aí onde mora o perigo. Não havendo onde botar tanta gente na mesma chapa como governador Wilson Martins irá resolver a questão?
Por outro lado, ainda há o PT que no início queria tudo e agora nem o cargo de vice conseguiu. O partido diz ainda compor com o governo, mas já inscreveu o nome do seu candidato a governador. Se isso acontecer - o que é bem provável - iria tão-somente atrapalhar a tranquilidade que o governador acha que encontrou com o advento do PMDB.
Diante do impasse na esfera governista, por fora correm os candidatos da oposição tratando com o povo. Portanto, se o candidato oficial da situação continuar tentando resolver somente questões de cúpulas partidárias sobre reivindicações e cargos, a canoa pode naufragar. Apesar de a escolha do deputado Moraes Souza Filho ter sido positiva para compor a chapa com Wilson Martins, o governador deve eqauacionar logo a questão dos partidos aliados que demonstram insatisfação e cuidar logo da campanha.
Jânio Holanda - Jornalista