Com “nariz de palhaço”, apitos e cartazes muitos estudantes do curso de Fisioterapia do Campus Ministro Reis Veloso da UFPI em Parnaíba, aproveitaram a solenidade de inauguração do Restaurante Universitário da instituição para reivindicar pacificamente melhorias para o curso, como condições adequadas para um estágio de qualidade.
Segundo Claudionor Júnior, presidente do Centro Acadêmico do curso de Fisioterapia, as reclamações como a falta de prática e equipamentos para os laboratórios são pedidos antigos. “A nossa clínica está prevista para ser inaugurada em agosto e pelo jeito será sim, a estrutura física é muito boa, mas falta equipamento suficiente. E aí, como poderemos fazer um estágio de qualidade assim? Nas poucas aulas práticas que tivemos tínhamos que ir à Teresina, porque aqui não tem estrutura”, disse Claudinor.
Os alunos como forma de chamar a atenção das autoridades presentes utilizaram “nariz de palhaço”, além de fazer muito barulho com apitos. No entanto os alunos não puderam chegar mais perto da solenidade porque um grupo de seguranças do campus montou uma barreira impedindo que os mesmos se aproximassem.
Após a solenidade o reitor Luiz Júnior e várias autoridades foram almoçar no RU. Uma comissão de alunos ficou aguardando a saída do reitor para conversar mas quando ele saiu do restaurante não deu a mínima atenção aos manifestantes e se dirigiu à sala da direção. Os alunos por sua vez também foram até lá para esperarem ele sair e quando assim aconteceu, um carro já estava aguardando Luiz Júnior. Os alunos ao perceberem começaram a ficar na frente do veículo impedindo que o mesmo saísse.
A situação ficou mais crítica, pois nesse momento os seguranças começaram a empurrar os alunos, para que eles saíssem da frente do carro e nessa confusão algumas alunas ficaram machucadas. Segunda a universitária Maiara, numa conversa por telefone com a reportagem do Blog Acesso343, uma estudante foi machucada com uma cotovelada de um dos seguranças e a outra teve o braço apertado por um outro guarda.
O reitor Luiz Júnior voltou para a sala da direção e os acadêmicos estão lá de prontidão e, de acordo com as informações repassadas por Maiara, eles só sairão quando o reitor ouvi-los. “Nós não estamos pedindo favor nenhum, é apenas um direito nosso. Afinal fizemos vestibular para essa instituição por acreditarmos na qualidade do seu ensino”, finalizou a estudante.
Por Gilson Brito e Sandrilene Borges
Fotos: Gilson Brito