23 de setembro de 2010

Câmara reprova requerimento que solicitava explicações sobre fechamento de escolas


O requerimento nº 08/2010 de autoria da vereadora Lusinete Ribeiro de Carvalho (PR), foi reprovado pela bancada da situação por 4 a 2 na noite da última sexta-feira (17) na Câmara Municipal de Esperantina.


No requerimento, a vereadora solicitou informações sobre quantas escolas foram fechadas durante a atual administração, o nome e a localidade de cada uma delas, bem como o destino dos materiais que estão sendo retirados dessas escolas.


Foram contrários os vereadores Carlos Cardoso (PT), Luiz Ana (PT), Cícero Medeiros (PRB) e o vereador Paulo Brasil (DEM), que ambos dão sustentação ao prefeito Chico Antonio (PT). Já os vereadores José Machado (PTB) e a vereadora autora da proposição, Lusinete Ribeiro, votaram a favor do requerimento. O Presidente da Câmara, Jânio Aguiar, não votou, pois o mesmo só vota em caso de empate. Os vereadores Regys Sampaio e Tote Aristides, ambos do PMDB, estavam ausentes na sessão.


Vale ressaltar que o referido requerimento já tinha sido apresentado na sessão que aconteceu no dia 10/09, sendo que o vereador Cícero Medeiros tinha pedido vista ao documento, objetivando analisar melhor o pedido da vereadora. Como o pedido de vista só pode durar cinco dias, o requerimento foi colocado em votação, e mais uma vez os vereadores que dão sustentação ao atual prefeito de Esperantina ficaram de pé e votaram contra a aprovação do requerimento, com exceção do vereador José Machado que votou a favor.


Durante seu pronunciamento, a vereadora Lusinete criticou os vereadores que são aliados ao prefeito e que segundo ela legislam contra o povo.


"Eu não sou vereadora que me alio ao prefeito para votar contra o povo não. Se aliar ao prefeito é votar contra a transparência da aplicação dos recursos públicos?”, indaga a vereadora.


“É vergonhoso se aliar ao prefeito para prejudicar a população e ainda querer tapar o sol com a peneira”, alfineta a vereadora.


Já o vereador Paulo Brasil (DEM) que dá sustentação a base do atual prefeito Chico Antonio explica porquê votou contra o requerimento da vereadora.


“Eu fui contra porque eu acho interessante é que agente pudesse propor ao prefeito que pegasse estas escolas desativadas, e botasse sob a gestão das associações de moradores da zona rural”, disse o vereador Paulo.


Ressaltamos que essa não foi a primeira vez que uma proposição de um vereador (a) de oposição foi reprovada. É muito estranho presenciar os legítimos representantes do povo reprovarem requerimentos que visa apenas obter informações para efeitos de atos de fiscalização do Poder Executivo.


Não é de hoje que prefeitos mantêm a maioria dos nossos vereadores no “cabresto”, conduzindo seus votos como se estivesse ele mesmo na função legislativa. São posturas asquerosas como essa que revelam as verdadeiras intenções de um governante e o espírito que se esconde por trás de suas administrações populistas.


Consideramos essa conduta inaceitável e totalmente condenável a qualquer homem público deste país.


Por Ricardo Melo