20 de novembro de 2010

O Silêncio do PT


Os Meios de comunicação comentam e informam que o PT vai avaliar o resultado das eleições de 2010 para planejar os passos, ou melhor, as reivindicações que o partido irá propor aos governos de Wilson Martins e Dilma Rousseff. Até o momento o PT permanece calado simplesmente porque no governo de Wellington Dias ditou as regras até o último dia. Com Wilson no comando ainda como se fosse o vice, o PT ainda permaneceu com grande participação na administração, afinal Wilson era apenas um vice eleito na Chapa de Wellington Dias.

Agora Wilson foi eleito com ampla aceitação popular e tem o respaldo da maioria da população para fazer um governo ao seu estilo. Porém, o PT do alto da sua “importante” participação na vitória de Wilson se acha no direito de exigir cargos na futura administração do governador eleito, muito embora tendo sido rebelde na hora de firmar coligação proporcional com outras siglas, inclusive com o PSB, partido do governador.

Dentre os incontáveis encontros da executiva do partido com membros e filiados tem mais um marcado para este mês com a finalidade de discutir que medidas serão adotadas pelo PT em 2011, tanto no âmbito nacional quanto estadual. Deste encontro devem sair às propostas a serem apresentadas pelo partido aos governos do Piauí e do Brasil. Integrantes do PT não afirmam que posicionamentos seriam definidos na reunião, mas exigências serão feitas.

Para ter esse direito, a alegativa petista está baseada no número de deputados estaduais que o partido elegeu. O PT conquistou nas urnas a maior bancada na Câmara para o período de 2011 a 2015. A exemplo do que ocorreu na Câmara dos Deputados, o PT também será o partido com a maior bancada nas Assembléias, com 149 deputados. No Piauí o partido elegeu 5 parlamentares.

De certo é que os membros dos partidos da base aliada já começam a se articular na reivindicação dos cargos, e já espera que o PT tenha o número de cargos reduzidos na nova administração de Wilson Martins. Contudo, nos bastidores, integrantes do PT avaliam que o desempenho da sigla foi positivo nas eleições de outubro, tanto que diferentemente das últimas eleições o partido votou unido neste pleito.

Esse será o primeiro momento em que os petistas se reúnem após as eleições. Além dos debates mais acalorados que deverão ser sobre a participação do partido no governo Wilson Martins e no de Dilma Rousseff, o PT também vai colocar em pauta a infidelidade e implicações cometidas por petistas nas eleições deste ano.

Jânio Holanda – Jornalista