16 de abril de 2011

UESPI: o reitor é o menos culpado

Jânio Holanda
Muitos querem culpar o reitor da UESPI pela decadência da instituição. Ora, esses “muitos” aos quais me refiro, não são nada mais, nada menos do que os bajuladores do ex-governador Wellington Dias. Na gestão dele Wellington os apadrinhados eram quem dava as cartas na UESPI. E o que era pior: estando eles fora dela. Isto é, sem sequer colocarem os pés lá dentro.

As ordens partiam desde os deputados aliados, bem como de lideranças políticas ou até mesmo cabos eleitorais do interior do Estado. As contratações de professores temporários e prestadores de serviços se davam sem nenhum critério técnico. Segundo informações, à época não era preciso nem bilhete, bastava apenas uma recomendação.

Agora que entrou uma pessoa proveniente do quadro de professor da instituição, que sofreu na própria pele o problema, e viu o enterramento contínuo da universidade, surgem às opiniões contrárias as ações propostas pelo novo reitor para moralizá-la. Mas, no Brasil é assim mesmo! Só tem vez os indicados por meio políticos. E ainda fala-se que o país é democrático. Meu Deus! Acho que eles, “nossos representantes” praguejam tanto sobre quem inventou a eleição para o comando as instituições educacionais.

Era tão bom quando se podia botar um diretor de uma escola pública apenas pela simpatia. Pois é, o reflexo está aí: são cada vez mais crescentes negativamente os índices da educação no nosso Estado. Mas voltando especificamente para a UES PI, todos sabem que o reitor trabalha em projetos para fazer a universidade crescer, mas falta verba. Então só quem pode tirar a universidade do buraco é o governo.

Esse bla-bla-blá que aconteceu recentemente na Assembleia Legislativa, que denominam de Audiência Pública, não vai dá em nada. Há, não. Vai dá sim! Muito palanque para deputado expressar a opinião de bem fazejo. Porém, resultados positivos. Hum! Esperemos para ver. Apesar de o governador tentar minimizar a questão as coisas só pioram. Ele afirmou publicamente que a crise na UESPI é "coisa pequena”.

As palavras do governador soaram negativamente, pois a questão apenas tende a se agravar. Meu governador, o problema da UESPI é falta de investimento em todos os setores. Procure meios de angariar recursos no Ministério da Educação, já que o ex-governador deixou o Piauí sucateado. É necessário esclarecer à população que a “bomba” apenas explodiu na sua mão. Mas como o poder é impessoal e quem está no comando dele é o senhor, vamos atrás de solução para o problema.

Portanto, e para o bem de todos, a primeira medida positiva tem que partir dos professores dando uma trégua na greve retornando para as salas de aulas, já que o governador garantiu que vai realizar concurso público para preencher 200 vagas de professores e 250 vagas de técnicos.  Esperemos e torcemos!

Jânio Holanda - Jornalista