A Universidade Federal do Piauí irá receber nos próximos meses uma obra da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S/A). A obra consiste na construção de uma nova linha no Emissário de Esgoto Sanitário que passa por dentro do Campus Petrônio Portela, em Teresina. Foi constatado um desgaste na tubulação usada na antiga linha.
O problema foi detectado pelos técnicos da Universidade Federal do Piauí ainda no ano passado, quando foi feita a interligação da estação de esgoto do Hospital Universitário ao emissário da Agespisa. Os técnicos constataram que a tubulação não era apropriada o que resultou na corrosão da tubulação. Para conter o vazamento encontrado os técnicos fizeram uma espécie de "camisa de aço" para envolver uma parte do tubo. No entanto, ainda há infiltração, o que tem ocasionado bastante mau cheiro e o risco de rompimento.
A obra executada pela Agespisa em 1991, faz parte do Projeto Sanear. O Emissário de Esgoto Sanitário que passa por dentro da UFPI, recebe esgotos de toda a parte baixa do bairro Jockey.
De acordo com o engenheiro e Fiscal da obra do HU, Marco Antonio Mastrangelo, o material utilizado na época foi inapropriado. O tubo de ferro fundido usado foi o Classe K-9, quando o ideal seria o Classe K-7 ou PVC. "Com o passar dos anos o esgoto corroeu esse tubo e agora ele está como se fosse um papelão. São mais de um mil metros de tubulação comprometida", explica.
No ano passado, quando o problema foi detectado, a UFPI enviou um comunicado para a Agespisa informando sobre os riscos de rompimento no emissário. Contudo, só agora foi possível licitar, já que fazer a substituição da atual é inviável.
"Nós queremos esclarecer para toda a comunidade acadêmica que esse emissário foi construído pela Agespisa e que a UFPI, através de seus técnicos, conseguiu detectar a tempo esse desgaste na tubulação, e logo informamos para a empresa a existência desse problema. E agradecemos a atual gestão da Agespisa pelo empenho em resolver o problema", salientou o coordenador de projetos e obras da Prefeitura Universitária, José Alves de Mendonça.
A nova linha deverá ser construída na via que passa ao lado do Hospital Universitário e se estender até a rotatória que passa perto da Divisão de Vigilância. A outra alternativa seria construir a linha passando pela faixa fronteira do estacionamento da Biblioteca Carlos Castelo Branco, pela Rádio Universitária, estacionamentos do CCE e CCHL até chegar na área verde próxima a Divisão de Vigilância.
No ofício encaminhado pela Agespisa, a empresa pede a colaboração da UFPI no sentido de orientar o tráfego nas áreas de execução da obra. Em contrapartida, a UFPI quer da Agespisa a garantia de que os danos ocasionados pelos serviços sejam reparados e não tenha prejuízos para a UFPI.
Coordenadoria de Comunicação Social da UFPI