Astrid Cabral |
Astrid Cabral estará na Parnaíba-PI, no próximo final de semana, dia 19 de novembro, para a noite de autógrafos de Fogo de Alabastro de Diego Mendes Sousa. É oportunidade única e imperdível de um contato com a grande escritora, um das maiores de nosso tempo, ao lado de Stella Leonardos, Ana Miranda, Deborah Brennand e Adélia Prado.
A Senda e a Alameda de Astrid Cabral
Astrid Cabral é poeta de um único caminho. Nasceu em Manaus, na primavera de 1936.
Nos idos de 1950, Astrid integrou o movimento renovador da literatura amazonense chamado Clube da Madrugada, que entre os seus pares, encontravam-se nomes como Jorge Tufic, Alencar e Silva, Anthístenes Pinto, Luiz Bacellar, L. Ruas, Thiago de Mello...
Astrid foi a musa do movimento boêmio.
Astrid estreou com ALAMEDA ( 1963), um primoroso livro de contos sobre os seres naturais, que despertou a atenção da crítica para a sua força criativa.
Em 1955, Astrid Cabral transferiu-se para o Rio de Janeiro. Conheceu o Amor, sim conheceu o Amor, e apaixonou-se por Afonso Félix de Sousa, que, hoje, é considerado o maior poeta da Geração de 45 no Brasil, ao lado de Lêdo Ivo e João Cabral de Melo Neto.
Formou-se na Faculdade Nacional de Filosofia, em Letras Neolatinas. Estudou Idiomas, aprimorou-se na Língua Inglesa. Foi professora de literatura portuguesa e teoria literária na Universidade de Brasília – UNB.
Passou para Oficial de Chancelaria, aprovada por concurso público. Residiu no Oriente, em Beirute, e conheceu meio mundo. Serviu no Consulado Geral Brasileiro em Chicago, nos Estados Unidos.
A senda poética de Astrid Cabral iniciou-se com PONTO DE CRUZ de 1979, obra que revelou a autenticidade da poeta e a sua capacidade de linguagem atrativa e deslumbrante.
Com TORNA –VIAGEM de 1981, Astrid explorou, de maneira apurada e elegante, a sua estadia no Oriente, e nos falou sobre Tiro, Beirute, Istambul, Cairo, Chipre, Damasco, Belém, e de uma Grécia, que ela denomina na intimidade de Grécia Pessoal.
Em 1986, Astrid retornou à poesia com LIÇÃO DE ALICE – livro condecorado com o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras - donde se apanhou " A Lâmina do Tempo", um achado em sua iluminosa poesia.
Simultaneamente a obra LIÇÃO DE ALICE, Astrid Cabral publicou VISGO DA TERRA, em que retornou a sua origem amazonense e cantou Manaus e as suas particularidades.
Em 1994, de sua temporada em Chicago, nos Estados Unidos, Astrid Cabral extraiu o livro RÊS DESGARRADA, que Lêdo Ivo pontuou: “é poesia de uma artista do verso”.
Devido ao prestígio e ao respeito alcançado por Astrid Cabral, a Fundação Biblioteca Nacional, em 1998, editou a antologia de DÉU EM DÉU, que reúne toda a poesia de Astrid escrita até então.
No mesmo ano, com o livro INTRAMUROS, saiu vencedora no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody.
Já consagrada, e em pleno reconhecimento do público e da crítica como poeta, Astrid ressurgiu, em 2003, com RASOS D'ÁGUA.
Ressalta-se que Astrid teve, durante a gestação de RASOS D'ÁGUA, duas grandes perdas, a morte de um dos cinco filhos e a do esposo Afonso Félix de Sousa, que lhe sugeriu tão desesperado título.
Com RASOS D'ÁGUA, Astrid recebe o Prêmio Nacional de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Astrid ainda publicou, em 2006 e 2007, respectivamente, JAULA e ANTE-SALA ;
E participou de duas importantes coleções brasileiras: Antologia Pessoal da editora Thesaurus e 50 poemas escolhidos pelo autor das Edições Galo Branco, posta ao lado de A. B. Mendes Cadaxa, Aricy Curvello, l Antonio Olinto, Carlos Nejar, Diego Mendes Sousa, Lêdo Ivo, Antonio Carlos Secchin, Lina Tâmega Peixoto, Alice Spíndola, Lourdes Sarmento, Gilberto Mendonça Teles, Domíncio Proença Filho, Helena Ferreira, entre outros destacados poetas brasileiros.
Astrid Cabral exerceu a tradução e escreveu um livro de história infantil, intitulado ZÉ PIRULITO.
Traduzida em Língua Inglesa, Francesa e Espanhola.
É membro do Pen Clube do Brasil e da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, que, ao lado da Academia Brasileira de Letras, são as principais instituições literárias do país.
Ascom