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| Jornalista Jânio Holanda |
Certa feita, o
blogueiro Josué Nogueira, do Diário de Pernambuco, num de seus
comentários, classificou o PMDB
como um partido que hoje se contenta apenas com o cargo de vice.
Vejam a frase do referido jornalista: “Com a vice e o eterno
assento na cozinha do Planalto, O PMDB assumiu pose de
protagonista, mas na realidade apresentou-se, como sempre, em busca
do papel de coadjuvante de luxo”.
Na verdade, a expressão
do escriba refere-se apenas a posição do partido no âmbito
federal. Mas, na realidade, este fato tem ocorrido constantemente em
vários estados da federação. No Piauí, por exemplo, desde o então
governo do senador Mão Santa, ainda na década de 90 que o partido
serve apenas de encosto para ajudar outras agremiações partidárias
estaduais como o PT e o hoje o PSB.
Agora para as eleições
municipais o PMDB fincou o pé na estrada (depois de lançar
candidatura própria na capital), está percorrendo municípios de
todas as regiões do Estado, no sentido de fortalecer a marca do
partido e assim poder eleger o maior número de prefeitos possíveis
neste pleito. Antes, o partido ficava em compasso de espera para
definir os rumos que tomaria nos sucessivos embates eleitorais mais
recentes, tanto para a prefeitura da capital como para governo
estadual.
Hoje a cúpula do
partido, que é presidido pelo deputado Marcelo Castro, mas conta com
a obstinação do vice-governador Zé Filho parece-me ter mudado de
cara. Zé Filho incessantemente participa e promove reuniões e
eventos de cunho partidário nos três níveis (municipal, estadual e
federal), como aconteceu na semana passada com a vinda do presidente
nacional do partido e vice-presidente da república Michel Temer.
Isso demonstra que o PMDB piauiense continua vivo e se planejando
para voltar ao comando do Estado.
De cortejado o PMDB
passou a ser cortejador. Alinhado com o governador Wilson Martins
(PSB), outras siglas já sinalizam alianças com o partido por causa
dessa reorganização. As principais lideranças peemedebistas
conseguiram a união fechada de todos os parlamentares e suplentes na
atual legislatura (até recentemente quando o PT era governo) havia
cisão na própria Assembleia, porém, hoje, não vemos mais isso.
As novas circunstâncias
e a visão genérica do vice-governador Zé Filho, através do
diálogo convenceram aos demais a marcharem num só rumo. E isso vem
acontecendo. Essas mesmas circunstâncias mostram que qualquer
posição tomada pela executiva do partido os seus membros com
assentos nos poderes legislativo estadual e municipal ou até os que
não possuem mandatos marcharão unidos nestas eleições municipais.
A visita de o
vice-presidente Michel Temer, além de fortalecer a sigla no Piauí,
ainda serviu para que os peemedebistas pudessem reclamar do
tratamento diferenciado em relação ao PT no governo Dilma. É uma
iniciativa que irá contribuir para que o partido não corra o risco
de ser derrotado pelo aliado nas eleições municipais. São
estratégias positivas e que trarão frutos.
Jânio Holanda -
Jornalista
