Amanda Sampaio |
Passar uma manhã na
piscina, brincar com os coleguinhas da rua, andar de bicicleta, fazer
uma caminhada... Enquanto todos seguem suas vidas, a dela
simplesmente parou.
Amanda Sampaio, de 12 anos, filha do
batalhense Sebastião Sampaio, conhecido como Gordinho, sofre de uma doença rara, conhecida por
hipertrabeculação/não-compactação do ventrículo esquerdo
(HTVE/NCVE).
Conta o pai, que criança apresentava falta de ar
após uma atividade física mínima ou mesmo quando se emocionava, e
então resolveu leva-la ao médico, que constatou o problema de
saúde, e devido a severidade do quadro, o único tratamento seria o
transplante.
Segundo os médicos, o ventrículo esquerdo, é a
principal câmara cardíaca, responsável pelo bombeamento de sangue
deste órgão, em direção ao cérebro e ao restante dos órgãos do
corpo, exceto para os pulmões. A não compactação do ventrículo
esquerdo (NCVE) é uma doença genética, com padrão de herança
variável, caracterizada pela trabeculação do endocárdio
(revestimento interno do ventrículo esquerdo), particularmente na
ponta e na parede livre desta câmara do coração.
O médico
que atendeu Amanda em Teresina disse que só o transplante pode
salvar sua vida e encaminhou-a para Brasília, explica o pai
desesperado.
“Eles disseram que na medida em que Amanda for
crescendo o coração vai ficando cada vez mais fraco ao ponto de não
conseguir bombear sangue para todo o corpo. É uma doença
progressiva, limitante, que obriga ela tomar vários remédios
diferentes por dia, além disso, ela é pré-diabética", diz
Gordinho.
A doença da qual sofre a pequena batalhense é
pouco reconhecida, tendo um curso imprevisível. Alguns pacientes
desenvolvem uma insuficiência cardíaca progressiva (coração
fraco) que necessita de transplante. Outros pacientes, desenvolvem um
quadro clínico mais benigo, com características no ecocardiograma,
compatíveis com miocardiopatia hipertrófica (espessamento do
ventrículo esquerdo), que se alternam com os achados de uma
miocardiopatia dilatada (dilatação do ventrículo esquerdo).
Ela
viajou na última terça-feira, dia 19, acompanhada de um tio com
destino a capital do Brasil, onde passará por uma maratona de exames
mais complexos, em seguida fazer o cadastro no Registro Nacional de
Doadores de Órgãos.
Em Brasília, a família da criança tem
contado com a solidariedade do advogado e economista Francisco José
da Costa, conhecido como Louro de Dona Celeste, bem como do casal
Henildo de Sousa Vieira e Dona Dora – todos batalhenses que residem
naquela cidade. Eles se comoveram com drama vivido por Amanda
Sampaio, que inclusive teve que deixar a escola por conta do problema
de saúde.
Sebastião Sampaio(Gordinho) e Maria de Lurdes, os
pais da criança, são pessoas humildes, nascidos na zona rural de
Batalha. Os dois são servidores públicos, ele trabalha como vigia
numa escola do estado, já ela é auxiliar de serviços gerais.
Com
os olhos lacrimejando, Gordinho relata o drama vivido não só pela
filha, mas por todos da família. “Eu sou muito apegado a minha
filha, ela é minha vida, e agente fica muito ansioso, desesperado,
pois a gente não sabe o que vai acontecer amanhã...”, ele então
para, e chora.
Quem puder ajudar, da forma que for, faça-o,
mesmo que seja apenas com uma palavra de conforto – ligue para (86)
9983-4353, fale com Sebastião Sampaio, vulgo Gordinho.
Folha de Batalha