20 de junho de 2013

Leilão da EPE cadastra 32 projetos para produção de energia eólica no Piauí


A Empresa de Pesquisas Energéticas vai realizar no dia 23 de agosto o Leilão de Reserva/2013, que será exclusivo para a produção de energia eólica no país. No Piauí, 32 projetos foram cadastrados e devem ir a leilão em agosto. Os projetos cadastrados no leilão vão somar com os investimentos que o Estado já vem recebendo em outros três grandes projetos para produção de energia eólica. Somados, os 32 projetos podem gerar até 943 MW de energia.

O Piauí foi o quinto estado que mais teve projetos cadastrados para participação no Leilão de Reserva. A EPE informou que eles ainda passarão por um processo de habilitação. A Empresa de Pesquisas Renováveis explicou que o Leilão vai ocorrer com regras que atrelam a contratação de parques eólicos com a conexão na rede de transmissão, o que elimina o risco dos empreendimentos ficarem prontos e não terem como escoar a produção.

O secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Edson Ferreira, comemorou a notícia. “A energia eólica é uma realidade para países de primeiro mundo e que o Brasil já está se voltando para isso. São empresas nacionais com capital internacional que estão investindo no país”. Edson Ferreira acrescentou que o Piauí possui condições naturais favoráveis para a produção de energia eólica.

Os vencedores do leilão vão firmar Contratos de Energia de Reserva com suprimento a partir de 1º de setembro de 2015 e com prazo de vinte anos. O leilão vai aumentar a confiabilidade da fonte eólica para o setor elétrico brasileiro, pois novas regras aumentam o rigor no cálculo da quantidade de energia que cada parque poderá negociar.

O presidente da EPE, Maurício Tolmaschiquim, acrescentou que “No Leilão de Reserva deste ano, a energia negociável será calculada com base em um critério de pelo menos 90% de chance de a produção dos empreendimentos eólicos ser igual à quantidade vendida. Em outras palavras, haverá apenas 10% de probabilidade do parque gerar menos energia do que o volume vendido no leilão. 

Os outros investimentos

Em Caldeirão Grande, a Queiroz Galvão Energias Renováveis pretende investir até R$ 3 bilhões no Parque de Energia Eólica da Chapada do Araripe. A Tractebel Energia investe na Usina Eólica Pedra do Sal, que tem capacidade de produção de 18 megawatts, o suficiente para abastecer 20% de uma cidade como Parnaíba. Além desses dois projetos, a Ômega deve produzir 130 MW até agosto do ano que vem.

Por João Magalhães