A Empresa de Pesquisas Energéticas vai
realizar no dia 23 de agosto o Leilão de Reserva/2013, que será
exclusivo para a produção de energia eólica no país. No Piauí,
32 projetos foram cadastrados e devem ir a leilão em agosto. Os
projetos cadastrados no leilão vão somar com os investimentos que o
Estado já vem recebendo em outros três grandes projetos para
produção de energia eólica. Somados, os 32 projetos podem gerar
até 943 MW de energia.
O Piauí foi o quinto estado que mais
teve projetos cadastrados para participação no Leilão de Reserva.
A EPE informou que eles ainda passarão por um processo de
habilitação. A Empresa de Pesquisas Renováveis explicou que o
Leilão vai ocorrer com regras que atrelam a contratação de parques
eólicos com a conexão na rede de transmissão, o que elimina o
risco dos empreendimentos ficarem prontos e não terem como escoar a
produção.
O secretário de Mineração, Petróleo
e Energias Renováveis, Edson Ferreira, comemorou a notícia. “A
energia eólica é uma realidade para países de primeiro mundo e que
o Brasil já está se voltando para isso. São empresas nacionais com
capital internacional que estão investindo no país”. Edson
Ferreira acrescentou que o Piauí possui condições naturais
favoráveis para a produção de energia eólica.
Os vencedores do leilão vão firmar
Contratos de Energia de Reserva com suprimento a partir de 1º de
setembro de 2015 e com prazo de vinte anos. O leilão vai aumentar a
confiabilidade da fonte eólica para o setor elétrico brasileiro,
pois novas regras aumentam o rigor no cálculo da quantidade de
energia que cada parque poderá negociar.
O presidente da EPE, Maurício
Tolmaschiquim, acrescentou que “No Leilão de Reserva deste ano, a
energia negociável será calculada com base em um critério de pelo
menos 90% de chance de a produção dos empreendimentos eólicos ser
igual à quantidade vendida. Em outras palavras, haverá apenas 10%
de probabilidade do parque gerar menos energia do que o volume
vendido no leilão.
Os outros investimentos
Em Caldeirão Grande, a Queiroz Galvão
Energias Renováveis pretende investir até R$ 3 bilhões no Parque
de Energia Eólica da Chapada do Araripe. A Tractebel Energia investe
na Usina Eólica Pedra do Sal, que tem capacidade de produção de 18
megawatts, o suficiente para abastecer 20% de uma cidade como
Parnaíba. Além desses dois projetos, a Ômega deve produzir 130 MW
até agosto do ano que vem.
Por João Magalhães