Requerida pelo vereador Bernardo Rocha,
a “Tribuna Livre” da Câmara Municipal, espaço para ser
utilizado pela população, foi ocupada na noite da última
sextas-feira, pelo comerciante João Evangelista de Sousa, empresário
do ramo de abate e comercialização de frangos, que expôs “a
realidade em que se encontra este setor de comercialização deste
produto de consumo humano”.
Ele se disse perseguido pelo setor de
vigilância sanitária no município, que o obrigou a fazer elevados
investimentos no seu comércio e depois teve que retirar para a zona
rural o seu abatedouro, que funcionava na Rua Santana, no bairro
Piauí, enfrentando agora problemas financeiros por conta da queda
nas vendas.
“Estou no ramo há 19 anos, trabalho
dentro das normas exigidas pela vigilância sanitária. O que
acontece é que a grande maioria dos abatedouros é clandestina e
atuam sem nenhum tipo de higiene, pondo em risco a saúde da
população de nossa cidade, entretanto, o olhar da vigilância
sanitária para eles é cego, enquanto que para nós, que trabalhamos
atendendo as normas da legislação, somos perseguidos, deixando-nos
impossibilitados de continuar no ramo”, denunciou Evangelista,
salientando ainda que a Vigilância Sanitária o fez tirar seu
abatedouro da zona urbana para a zona rural, estando agora
prejudicado.
Segundo o denunciante, Parnaíba possui
atualmente 90 abatedouros de frangos, sendo 85 na zona urbana e 5 na
zona rural. “Estão abatendo frango na moita e limpando a faca na
barriga, deixando a população vulnerável a toda doença”,
frisou. Ele disse também que a Prefeitura possui um projeto
regularizando o setor de abate e comercialização de produtos de
origem animal, porém, sem execução. Ao final, João Evangelista
sugeriu que os vereadores façam uma visita aos abatedouros
clandestino, para confirmarem, “in loco”, as denúncias.
Por Bernardo Silva