DEU NO BLOG DO TONI RODRIGUES
Toni Rodrigues - www.tonirodrigues.zip.net
Carlos Castilho, articulista de Observatório da Imprensa, afirma que “contrariando a sucessão ininterrupta de más noticias sobre a crise na grande imprensa, começam a pipocar informações otimistas sobre a performance da chamada microimprensa, formada por jornais locais, comunitários e hiperlocais (bairro e rua). (...) O fenômeno, que está ocorrendo tanto nos países ricos como nos pobres, está delineando uma nova estratégia editorial baseada no foco comunitário e na convergência de canais de informação, visando o crescente mercado de leitores desiludidos com a grande imprensa.”
No Piauí também está se verificando o mesmo comportamento da sociedade em relação à mídia. A grande imprensa comprometida com o poder não tem condições de transmitir as notícias de que a sociedade precisa para se conduzir.
O resultado é que veículos de comunicação como a Rádio Teresina FM e portais noticiosos não engajados ao esquema governista ganham cada vez mais audiência e acessos.
No caso da Rádio Teresina FM temos recebido inúmeras manifestações de ouvintes que dizem do apreço pela emissora e pela qualidade da informação que transmitimos. Os ouvintes falam principalmente na isenção, procedimento necessário para ganhar hoje a confiança da maioria da população.
Jornalismo é sinônimo de imparcialidade. No Piauí, ao contrário, tem sido indicativo de servidão.
Pelo menos da parte dos veículos tradicionais ou que integram a chamada grande imprensa. Tais meios de comunicação servem atualmente muito mais como classificados ou para consulta de preços em transaçõe de compra e venda do que propriamente para se obter informação.
O caso Assis Carvalho é mais do que sintomático. A maioria dos jornais sequer noticiou a ida do secretário ao Legislativo para esclarecer sobre seu suposto envolvimento com esquema de corrupção no governo.
Os jornais e emissoras de rádio e tevê que fazem parte do sistema governista tentam ignorar o fato de que a pauta noticiosa não é mais conferida pelo poder e sim pela sociedade. É a população que diz o que pretende ler e ver – e aqueles que se guiam de outra maneira estão na contramão da história e perdem espaço considerável a cada dia.
