14 de novembro de 2008

Merck alega pressão da imprensa e recorre na justiça


A multinacional alemã Merck foi obrigada pelo juiz Manoel de Brito Aragão a fornecer a folha do jaborandi para a Vegeflora em Parnaíba, mesmo a sentença já tendo sido comunicada à Merck há quase dois meses e existindo uma multa diária de R$10.000,00 pelo não cumprimento da sentença, a multinacional alemã não forneceu o produto até esta data. Agora a Merck tenta em Teresina, através de seus advogados, anular a decisão tomada em Parnaíba pelo juiz Manoel Aragão, uma das alegações da multinacional é que a decisão foi dada mediante pressão da sociedade e da repercussão dada pela imprensa piauiense que divulgou os acontecimentos envolvendo a briga judicial entre Merck e Vegeflora.

Segundo o diretor industrial da Vegeflora, Michael Anderson, dia 06 de novembro houve uma reunião de arbitragem no Rio de Janeiro para tentar um acordo com a multinacional da Alemanha, na ocasião a Vegeflora propôs aumentar o valor pago à Merck pela folha do jaborandi para que fosse restabelecido o fornecimento da matéria prima do colírio que controla a glaucoma. “Na ocasião foi dado um prazo de 24 horas para que eles respondessem à proposta o que não aconteceu até agora, em quanto isso nossas máquinas continuam paradas e os funcionários ainda correm o risco de perderem seus empregos”, revelou Michael Andersen.

A petição da Merck deverá ser julgada por um colegiado formado por desembargadores, ainda sem data definida para acontecer.

Matéria: Francisco Brandão
Foto: Divulgação