4 de setembro de 2009

Juiz que soltou traficante diz que habeas corpus foi um equívoco

O juiz José Ribamar Oliveira que expediu habeas corpus livrando um dos presos da Operação Peçonha, Flávio Carvalho Lopes, conhecido por ser braço direito do traficante José Maria Cobra, admitiu nesta sexta-feira (04) a imprensa, que emitiu o documento sem ter conhecimento do processo que desvenda o tráfico na região litorânea do Piauí desencadeado no começo de julho deste ano.

“Assinei o habeas corpus de Flávio sem ter conhecimento dos autos do processo da Operação Peçonha” afirma o juiz.

Após a justiça reconhecer a falta de coerência nas informações que cotinha no habeas corpus favorecendo o acusado de tráfico Flávio, o juiz resolveu assinar um mandado de prisão imediata do acusado que havia sido detido em julho e estava em liberdade desde o dia 29 de julho.

Flávio já está novamente preso e será encaminhado à Penitenciária Mista de Parnaíba.

Já em relação ao advogado Everaldo Sampaio, que não teria chegado a ser preso na operação por ter uma liminar que lhe mantém em liberdade, e até mesmo não precisar dar depoimentos a Polícia Federal, está agora no alvo do Ministério Público. Everaldo é acusado de ser aliado ao tráfico da quadrilha presa na Operação Peçonha. O Ministério Público está sob posse dos documentos e provas contra o advogado, inclusive áudios de gravações telefônicas. A Polícia Federal concluiu toda investigação e encaminhou as denúncias para o MP na última quarta-feira (02).

Caso seja comprovada a participação do advogado na quadrilha do tráfico, ele será indiciado pela justiça para prestar depoimento a PF.

Por Francisco Brandão e Patrícia Costa
Fotos: Gilson Brito

*Foto do habeas corpus concedido pelo juiz José Ribamar Oliveira em 29 de julho

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