15 de setembro de 2009

Promotoria entrega inquérito da Operação Peçonha ao Ministério Público

Foto: Advogado Everaldo Sampaio a direita, acompanhado pelo presidente da OAB-PI, Norberto Campelo, e o primeiro a esquerda o presidente da OAB - seccional Parnaíba, Diórgenes Melo, em evento da entidade realizado recentemente

Um grupo formado por três promotores que estão auxiliando o promotor da comarca de Parnaíba, Sávio Carvalho, entregou nesta segunda-feira (14/09) ao Ministério Público toda a documentação da Operação Peçonha realizada pela Polícia Federal no início do mês de julho nas cidades de Parnaíba, São Paulo, Fortaleza, Sobral e Buriti dos Lopes que culminou com a prisão de vários envolvidos com o tráfico no norte do Piauí, inclusive do homem acusado de chefiar a quadrilha, José Araújo Miranda, o José Maria Cobra. Agora o Ministério Público terá um prazo de dez dias para receber dos 32 citados no inquérito as respostas preliminares de cada acusado.

Após este período serão necessários cerca de 20 dias para que o juiz responsável pelo caso, José Ribamar Oliveira Silva, aceite ou não as justificativas dos acusados, mediante estas decisões a justiça terá um prazo que pode durar até 45 dias para marcar as audiências de instrução e julgamento.

Segundo o coordenador do centro de apoio operacional criminal do Ministério Público, promotor José Meton Filho, serão cumpridos isoladamente mais de 30 mandatos de citação. “Ao todo entregamos ao Ministério Público 24 volumes de inquérito com cerca de 1.800 páginas que incluem, inclusive, autos suplementares de investigação da Polícia Federal”, afirmou o promotor Meton Filho.

Os crimes citados na documentação contra os acusados são: tráfico de drogas, associação ao tráfico, três homicídios, duas tentativas de homicídio e disparo de arma em via pública. O promotor Meton Filho disse ainda que o advogado Everaldo Sampaio foi um dos citados. “Everaldo (Sampaio) ultrapassou os limites da profissão e nós decidimos por unanimidade citá-lo no processo por associação ao tráfico mediantes as provas apresentadas na Operação Peçonha”, concluiu o promotor.

No decorrer da operação da Polícia Federal em Parnaíba Everaldo Sampaio teve sua prisão preventiva negada pela justiça e posteriormente obteve ainda um estranho hábeas corpus impedindo que o mesmo fosse sequer ouvido pela Polícia Federal. Em virtude disso o advogado continua em liberdade e freqüentando normalmente eventos sociais, inclusive, o último realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil que reuniu presidentes da OAB dos 27 estados brasileiros realizado na cidade parnaibana no último dia 12/09.

Por Francisco Brandão