5 de dezembro de 2009

Escândalos sucessivos

Gente! Como os políticos têm a capacidade de enganar a população e arranjar facilmente milhões de dinheiro às custas de falcatruas. Não interessa aqui se foi fulano do PT, se foi o beltrano do DEM, se foi o cicrano do PSDB, enfim, o que o povo quer é punição para os corruptos. Há pouco tempo o caso MENSALÃO, que envolveu algumas das mais altas figuras da política brasileira estarreceu os viventes desse imenso Brasil e nenhum dos indiciados está preso.

Recentemente o episódio com o presidente do Senado, José Sarney relatado durante meses pela imprensa falada e escrita deixou boquiaberto todos aqueles que acompanham o noticiário sistematicamente. Falcatruas de todos os tamanhos foram comprovadas, através de investigações tanto da PF como do Ministério Público e nada aconteceu. Resultado: o homem ta aí presidentíssimo do Congresso Nacional e ainda se dá ao luxo de criticar na tribuna do senado os órgãos e pessoas competentes que levaram o caso à imprensa.

Agora já há um escândalo novo na praça. Antes de esmiuçá-lo, cite-se o padre Antônio Vieira, que dizia: 'Não é miserável a república onde há delitos, senão onde falta o castigo deles'' Mas a pena poderia, se houvesse agravantes, chegar a dois anos, três anos, sei lá... E seria aplicável em casos como este que envolve o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, o novo aderente à prática do mensalinho.

Mostrado pelo Jornal Nacional, Arruda e seus assessores recebendo dinheiro “para comprar panetones” para a população carente do Distrito Federal.Quem o disse isso foi o próprio advogado do governador. Meu Deus! Ah se nesse país fosse proibido fazer a população brasileira de boba. Quantas personalidades não estariam na cadeia?

A sucessão de escândalos que infelicitam a cena política é demais. Retorne-se, por oportuno, ao padre Vieira: ''Não é miserável a república onde há delitos, senão onde falta o castigo deles. Não fosse pela presença dos moderníssimos micro-gravadores que o assessor de Arruda usou para gravar o chefe, poderíamos jurar que algumas cenas são ambientadas em cavernas habitadas por hominídeos.

De certo, é que essas pessoas prosperam num ambiente propício, por leniência da classe política, justiça lenta... Se os mensalões do PT de Lula e do PSDB mineiro puderam existir sem consequências graves, se as recentes maracutaias do presidente do Senado, José Sarney, passaram sem punição, por que Arruda e sua turma perderiam a festa? A corrupção no Brasil foi assimilada pela nossa "natureza". O medo não é o de praticar corrupção e ser descoberto, mas de passar por otário ao não praticá-la.

Por Janio Holanda – Jornalista