Um grupo de apaixonados pelo futebol fundou em outubro do ano passado (2009), na cidade de Luzilândia, a Associação Luzilandense de Arbitragem (ALA). A associação conta hoje com 21 associados e tem na organização sua principal característica. Mesmo prestando um serviço comunitário e que busca valorizar as competições onde atuam, o trabalho do grupo nem sempre é valorizado.
Há 28 anos trabalhando pelo esporte amador na função de árbitro e assistente (bandeirinha) Aldinar Brito, o Nazim, presidente da associação, sabe bem o que é ser amado e odiado pelos torcedores. Apesar do desafio de sempre encarar as criticas e de nunca agradar a todos, Nazim, garante que todos fazem do oficio uma paixão.
Com o apoio do amigo e Vice-Presidente, o comerciante Clisérgio Plácido, e demais integrantes do ALA, a associação em menos de um ano de fundada criou seu estatuto, possui sede própria, onde são realizadas reuniões para discutir as atividades e assuntos do esporte em geral, e conta com um blog de noticias onde são postadas matérias e fotos sobre as competições e eventos em que participam.
Cinco dos 21 associados são da vizinha cidade de São Bernardo no Maranhão, todos os sócios contribuem mensalmente com uma quantia de vinte reais. Com o dinheiro a associação procura se manter equipada com uniformes (roupas, meias, chuteiras) e instrumentos como apitos e cartões, além de já possuir bandeiras eletrônicas e uma placa de substituição manual com 04 dígitos, iguais as utilizados no futebol profissional. A associação também realiza testes físicos freqüentes com seus filiados onde prepara e seleciona os melhores para apitar os jogos.
Na associação, há espaço para todos que gostam do esporte. Até mesmo quem não tem conhecimento em arbitragem, mas simpatiza e quer aprender pode fazer parte e ajudar. Uma abertura que Nazim explica “a ALA não tem preconceito, de raça, nem de sexo, nem de cor. qualquer pessoa que queira participar será bem recebido, basta gostar de futebol e seguir o estatuto”. Esclarece.
Como todo lugar organizado a ALA também conta com a participação de mulheres. Fábia Carvalho e Maria Neta são dois exemplos de destaque na associação. Sem experiência em arbitragem, mas com muita determinação e amor pelo futebol, as duas se associaram, estudaram, passaram pelos testes e hoje atuam em partidas de várias competições como assistentes.
Luzilândia conta ainda com um projeto mantido pela prefeitura local, onde foi criado um departamento de esportes que coordena um quadro de dez profissionais de arbitragem, sendo seis árbitros e quatro assistentes que recebem mensalmente meio salário mínimo para atenderem aos pedidos das comunidades zona urbana ou rural. Cada profissional tem seu próprio material de trabalho e não há custos para a comunidade.
Por Paula Andréas