Caro(a)s Amigo(a)s,
Abraços literários (até quando for possível)!
Permitam-me falar um pouco sobre esse ambiente favorável aos anseios de nossas mentes: a livraria. É certo que somos um país ainda ignorante nesse aspecto, mas, com um pouco mais de esforço a gente conquista muitas coisas em nossas vidas. O poetinha Vinícius de Moraes ressaltou uma certa vez que os "bares estavam cheios de homens vazios". Certamente que muitos ignoram a frase e uma minoria se a conhece não sabe definí-la direito. Já um pequeníssimo percentual traduz o pensamento sem dificuldades. O certo é que vemos cada vez mais um número exorbitante de pessoas nos bares e um pequeno número nas livrarias. Levando-se em conta que comida e bebida estão caros, mas ninguém reclama. Quanto aos livros, todos acham caros. A nossa história é recheada dessas questões que se esquivam se mpre que possível dos livros. Sem esquecer que algumas instituições emprestam livros, ou seja, o empréstimo é grátis. Mas não possui a cultura da leitura. O que seria outro agravante. Numa casa é preciso que haja influências para leitura. Ora, se o filho apenas enxerga no dia a dia o rótulo da bebida do pai, como diabo ela vai se influenciar por leitura. Outro dia eu presenciei um fato corriqueiro num shopping em Fortaleza. A criança puxando o pai para entrar na livraria e o pai retrucou dizendo: "esse negócio de livro a gente vê depois, vamos para os brinquedos". Ora, ele queria deixar a criança nos brinquedos para tomar "umas e outras". Quanto ao interesse do filho, by by. Então é assim, gente. Vamos prestigiar mais a leitura. Ela nos faz mais autônomos no mundo. Ajuda-nos a sermos menos subservientes ao poder. E assim quem sabe atingimos melhores caminhos da cidadania. É bom lembrar que leitura não consiste na quantidade mas na com p reensão da mesma. Se você percebe reflexão numa frase de pára-choque de caminhão, ótimo. Você é um leitor. E não sai tão caro assim. Tudo é uma questão de bom senso. Creio."
FORTE ABRAÇO,
Carlos Pontes
Revista Mambembe
