Foto: Gilson Brito | Acesso343 |
Vimos através desse
documento público e democrático abrir diálogo com a comunidade
acadêmica. Alguns episódios têm marcado nosso percurso de luta e
exercício da possibilidade de (re)invenção de nossa história, a
pouco mais de dois anos, em extensão de nossas atividades de ensino
fundamos um grupo de estudos e pesquisas que contempla a UESPI e a
UFPI, agrupamo-nos por afinidades ideológicas e acadêmicas em torno
do cotejamento do legado teórico-prático de Karl Marx e Engels,
optamos por dedicar parte de nosso tempo de estudo à análise da
realidade a partir da crítica da sociabilidade do capital. Desde
então, um grande “frisson” tem marcado nossa caminhada,
enfrentamos cotidianamente o desrespeito daqueles que, ou por
incompreensão ou por posição ideológica nazi-fascista, têm
tentado nos fazer sucumbir. Todavia, combatemos o bom combate...
Somos sistematicamente
hostilizados e difamados, por um pequeno grupo que, na exaltação do
autoritarismo/conservadorismo nos tenta calar. Historicamente isto se
coloca: sempre que a ousadia se insurge o reacionarismo tenta
sufocá-la. Somos acusados de ser “revolucionários” ou de
anunciarmos a possibilidade da revolução eminente, esta acusação
nos soa bastante simpática vez que “ser jovem e não ser
revolucionário é uma grande incoerência” (Che). E é exatamente
em busca da subversão das injustiças e dos contrastes sociais que
trilhamos nossos ideais, contudo este mérito tem causado incômodo,
encontramo-nos então diante de uma tentativa histérica, alucinada,
narcisista e maldosa de desvirtuar nossa causa e nos associar a
atitudes autoritárias e violentas. Fato que não nos caracteriza e
muito menos abala, mas, sobretudo, nos convida ao debate, estamos
abertos para uma compreensão dialógica dos fatos. Optamos por nos
dirigir abertamente à comunidade UESPI para dirimir dúvidas e
contemplar certezas, mediadas pela coragem de assumir quem somos e o
que queremos: um mundo melhor para todos, pois, “se o presente é
luta, o futuro nos pertence”.
Em tom de
esclarecimento, gostaríamos de citar fatos que comprovam os ataques
que temos sofrido:
Dia 22/05/2012,
realizamos o SEMINÁRIO EM DEFESA DA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA:
pela abertura dos arquivos da DITADURA, que terá sua segunda edição
dia 06/06/2012, com homenagem a Antonio de Padua Costa, parnaibano
morto na guerrilha do Araguaia. Porém, durante a divulgação do
seminário, observamos no site, Fonte:
http://www.blogdopessoa.com.br/2012/05/seminario-em-defesa-da-memoria-verdade_28.html,
ataques pessoais ao Professor Dr. Roberto Kennedy Gomes Franco, o
estranho é que todo vez que alguém se levanta em nome da memória
histórica de luta contra o autoritarismo, as micro organizações
nazi-facista, produzem discursos diversos/fofocas, desejando
unicamente sabotar nossa luta.
Outro acontecimento que
chama atenção é que, em sala de aula, temos escutado comentários
do tipo “vou acabar com os marxistas”, mas uma vez nos
perguntamos, seria esta uma manifestação do antigo CCC – Comando
de Caça aos Comunistas, que perseguiu, desapareceu, torturou e matou
inúmeras pessoas?Outro acontecimento que interrogamos, ocorreu na
Uespi dia 30/05/2012, uma briga entre alunos do curso de História. É
preciso primar pela verdade histórica, o aluno “agredido”,
estava sistematicamente hostilizando de formas diversas uma aluna do
curso de História, fato este inclusive proibido pela Lei Maria da
Penha, a violência contra a mulher em nossa sociedade dissemina-se
inclusive entre a chamada elite intelectual do país, os
universitários. Então, o namorado da aluna agredida, em defesa ao
respeito pela mulher, procurou averiguar os fatos, sendo também
“provocado”, sistematicamente, até, em nossa avaliação,
infelizmente, irem as via de fato. A aluna e seu namorado
documentaram suas versões dos fatos na Delegacia da Mulher,
denunciando o ocorrido. Pelo fato do casal de alunos serem
orientandos do Prof. Dr. Roberto Kennedy Gomes Franco, mas uma vez,
adivinhem a quem tem sido associado o ocorrido? O acontecimento
trata-se de um problema ideológico grave, pois historicamente a
mulher tem sido vítima do machismo, sem ninguém tomar uma atitude.
Destacamos também o
ocorrido durante as paralisações do Movimento SOS-UESPI, no horário
da noite, quando nos organizávamos para realizar um momento
cultural, com banda e outros adereços, ao faltar energia elétrica,
de imediato, fomos acusados de ter desligado a energia geral,
solicitamos à Direção da UESPI uma investigação e, a conclusão
do perito foi que no momento de pico de uso da energia, por problemas
técnicos, a capacidade de uso da energia se esgotou, não sendo,
portanto, nossa culpa. Mais uma vez indagamos, por que estes
sabotadores da luta do povo, a todo custo procuram nos caluniar
autoritariamente e falseadamente?
Poderíamos elencar
muitos outros eventos autoritários que em nossa sociedade buscam
calar os que acreditam no fim da exploração do homem pelo homem, e
que na UESPI de Parnaíba, buscam golpear sorrateiramente nossa luta.
Somos militantes,
entendemos a Universidade enquanto espaço plural, de diálogo
político, um militante não teme a luta, avança sem medo, sua
coragem é embalada pelo desejo de amar e mudar as coisas.
Grupo de Estudos
Marxistas Piauiense – GEMPI UFPI-UESPI