Assinatura do termo de
parceria com a ASA vai beneficiar mais de 232 mil afetados pela seca
em todo semiárido.
Em meio a maior seca dos últimos 30 anos,
a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) assinou na
quarta-feira (6), dois termos de parceria com o Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS) para construção de tecnologias sociais
de armazenamento e manutenção de água para o consumo humano e para
produção de alimentos e criação animal. No Piauí serão
implementadas 561 tecnologias distribuídos em vários municípios do
semiárido piauiense.
A cerimônia de
assinatura aconteceu no município de São Caetano, no Agreste
pernambucano e teve a participação da ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello. Durante a cerimônia
aconteceu um ato público com a participação de cerca de 1,5 mil
pessoas.
Serão investidos R$
138,3 milhões na construção de 41.030 tecnologias sociais que
permitem à família agricultora mais resistência aos efeitos da
seca. Os dois termos vão beneficiar diretamente 46.430 famílias
agricultoras, atingindo mais de 232 mil pessoas afetadas pela seca. A
ação acontecerá em todos os nove estados do Semiárido Legal (do
norte de Minas Gerais até o Piauí), alcançando cerca de 230
municípios. O prazo de execução das implementações é de sete
meses e envolverá cerca de 100 entidades da sociedade civil.
“A parceria
representa a retomada da proposta de convivência com o Semiárido, a
partir das organizações da sociedade civil em parceria direta com o
governo federal. Atualmente, há agricultores que têm conseguido,
apesar desta seca, manter condições dignas de vida, produzindo
alimentos para consumo familiar e também para venda. Precisamos
espalhar esta possibilidade para que outros agricultores também
vivam com dignidade”, atesta o coordenador executivo da ASA pelo
estado da Bahia, Naidison Baptista.
A construção das
tecnologias ocorrerá através dos dois programas da ASA: o P1MC
(Programa Um Milhão de Cisternas), que fará a construção das
33.400 cisternas de 16 mil litros, que armazenam água para a família
beber e cozinhar, e o P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas),
responsável pelas 7.630 tecnologias de captação de água para
produção de alimentos e criação animal como barragem subterrânea,
cisterna-calçadão, cisterna de enxurrada, tanque de pedra, barreiro
trincheira e bomba d’ água popular.
Por Paula Andréas