Na
última quinta-feira, a presidenta do Movimento dos Bacharéis em
Ação, Gisa Moura, deixou Brasília após ser recebida ao lado de
outros bacharéis em direito, pelo presidente da Câmara, deputado
Marco Maia (PT-RS).
De
volta ao Rio Grande do Sul, terra de Gisa Moura e do presidente da
Câmara. Gisa Moura teria a missão de juntar uma vasta documentação
e encaminhar a presidência da Câmara. Conforme apurou o site
Justiça em Foco.
De
acordo com a Gisa Moura, há anos o Movimento dos Bacharéis em Ação,
vem recebendo cartas, e-mails com denúncias que podem ser apuradas
pela Câmara dos Deputados. “encaminhei os documentos para o
deputado Marco Maia (PT-RS), e creio que a documentação é
suficiente para apresentação de requerimento de abertura para uma
CPI”, disse Gisa Moura.
Audiência
foi marcada, quando Gisa Moura disse, "Nós
queremos desmascarar OAB. O Exame de Ordem realizado pela OAB é uma
doença contagiosa, e essa Casa deve combater a corrupção, e dar
atenção ao trabalho da Polícia Federal, sobre os fraudadores do
Exame de Ordem”.
OAB
Já
prevendo algo, o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante,
comunicou em nota, que espera da Polícia Federal as conclusões do
inquérito da “Operação Tormenta”, que apurou denúncias de
fraudes nas primeiras fases das provas de três Exames da OAB
aplicadas em 2009.
CPI
Os
fatos que consubstanciam as denúncias são da mais alta gravidade,
não apenas denúncias de fraudes nos Exames da OAB. É o que está
embaixo do nariz da própria OAB, a exemplo: Na Seccional da Paraíba,
um funcionário do Tribunal de Justiça fez sua inscrição, e obteve
seu registro. E mais três “associados” da Ordem PB, aplicaram
golpes de milhões de reais, fraudando o seguro de pagamento
obrigatório dos usuários do trânsito (DPVAT).
Segundo
informações do site da Policia Federal/OPERAÇÃO TORMENTA, 152
candidatos teriam tido acesso antecipado às respostas do Exame de
Ordem, e outros 1.076 teriam “colado” as provas uns dos outros.
Na
verdade os fraudadores tiveram acesso privilegiado às respostas, no
mercado que gira em média de R$ 70 milhões por ano.
O
Poder Legislativo criou uma atividade subsidiária consistente na
promoção de comissões parlamentares de inquérito, voltadas para a
investigação de fatos determinados, ao lado do Ministério Público
e Polícia Federal.
Resta
saber, qual parlamentar vai tomar essa iniciativa?
Por
Carla Castro - Justiça em Foco