18 de dezembro de 2012

Memorial de 20 anos!

Geraldo Filho
Artigo de autoria de Geraldo Filho – Sociólogo, Bacharel e Mestre: professor do Campus da UFPI de Parnaíba

Para que o memorial obedeça uma lógica de exposição temporal, começo com minha trajetória acadêmica na graduação de Ciências Sociais (1984/1988) da UFC. Naquela época optei por fazer bacharelado, pois já acreditava ser vocacionado para a vida de professor universitário e, portanto, não me via lecionando nos níveis fundamental e médio da educação.

Como já trazia comigo o hábito de ler, adquirido na infância, naturalmente comecei a me destacar nas salas de aula, em um curso no qual a quantidade de leitura exigida é condição essencial para o bom desempenho profissional, o que me rendeu convite, em março de 1986, para trabalhar como bolsista do NEPS (Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais), vinculado ao Departamento de Ciências Sociais e Filosofia, coordenado à época pela Profª. Maria Cira de Melo Jorge Barbosa, onde trabalhei na pesquisa “Plano Cruzado e Reforma Agrária”, coordenada pela Profª. Maria Auxiliadora Lemenhe.

No mesmo período, o que muito me envaideceu, recebi convite da Profª. Maria Tereza Frota Haguette para trabalhar no NUDOC (Núcleo de Documentação Histórica), então coordenadora do Núcleo. Porém, em razão do compromisso prévio com o NEPS, declinei da proposta.

Ainda em 1986, recebi o convite para participar da seleção de bolsista de iniciação científica do CNPq, feito pelo Prof. César Barreira. Efetivamente, de 1987/1988, fui seu bolsista. Os temas pesquisados envolviam a estrutura de poder político e o clientelismo no campo nordestino, e os dados coletados foram utilizados na sua tese de doutorado, apresentada ao Departamento de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e que posteriormente, em 1992, se transformou no livro Trilhas e Atalhos do Poder: conflitos sociais no sertão.

O contato com temas típicos da sociologia rural dos sertões nordestinos me despertou o interesse pela religiosidade popular, explicitada nas romarias, festejos e missas católicas e sua articulação com a estrutura política e econômica da região. Foi daí que veio a influência para a monografia de bacharelado “Catolicismo popular: a batinatravestida”, em 1988.

Na monografia, e dentro dos limites de um trabalho monográfico e do amadorismo do autor, procurei mostrar como temas políticos e econômicos eram utilizados pela Teologia da Libertação junto às CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), da Igreja Católica, aproveitando-se de interpretações dos evangelhos, principalmente do Novo Testamento, para conscientizar os camponeses sobre os seus direitos de cidadania. Por isso“... batina travestida”, no título, significava que os bispos e padres ligados a ela orientavam-se por idéias socialistas, procurando mesclar a crítica ao capitalismo feita por Marx e Engels com o modelo teológico originário no Concílio Vaticano II (1962/1965), denominado Opção Preferencial pelos Pobres.

Em 1989, ingressei no Mestrado em Sociologia da UFC. Como o tema religião já havia sido trabalhado na monografia de bacharelado continuei com ele no mestrado, porém em outra direção. Quando fazia as leituras na área de sociologia da religião para a monografia de graduação deparei-me com livros que apontavam para outra teologia que, como a Teologia da Libertação, nasceu do modelo teológico produzido pelo Concílio Vaticano II: a Renovação Carismática Católica.

Assim surgiu a dissertação de mestrado “Vivendo com os eleitos do Senhor: Renovação Carismática como religião de mídia”. Saí, portanto, da esfera do catolicismo popular e fui trabalhar com um catolicismo espiritualista, no qual os problemas de ordem política e econômica da sociedade não eram priorizados pelos religiosos, bispos e padres, e sim a dimensão espiritual e individual da salvação da alma.

A Renovação Carismática pode ser considerada o pentecostalismo católico. Tendo nascido originalmente nos EUA, nos estados da Pensilvânia e Maryland, tem grande semelhança com o pentecostalismo protestante americano, principalmente quando se comparara a dinâmica litúrgica das missas carismáticas com os cultos desse tipo de protestantismo, caracterizados por muita música “gospel” arranjada como ritmos modernos, orações coreografadas, milagres e profetizações. Como o pentecostalismo protestante, a Renovação Carismática utiliza-se ostensivamente de redes de televisão e rádio como meios de penetração na sociedade.

A dissertação concluiu que a Igreja Católica, instituição ocidental com quase dois mil anos de existência, conseguiu essa longevidade em virtude da sua capacidade de adaptar-se às transformações das sociedades, gerando, dentro de si, teologias e pastorais que se adequam aos contextos históricos vividos por aquelas sociedades onde a Igreja se faz presente.

É importante ressaltar uma característica pessoal que começou na graduação e foi se aprofundando no mestrado: a necessidade que eu tinha de conhecer novas teorias. Ao mesmo tempo em que lia Os Donos do Poder (Raymundo Faoro), Coronelismo, Enxada e Voto (Vítor Nunes Leal), Homens Livres na Ordem Escravocrata (Maria Sílvia de Carvalho Franco), Os Parceiros do Rio Bonito (Antônio Cândido), Os Cavaleiros do Bom Jesus (Rubem César Fernandes), etc., leituras no âmbito da sociologia rural e da religião direcionadas pelo trabalho de bolsista de iniciação científica e para a monografia, aos poucos, paralelamente, fui tomando contato com a obra de Cornelius Castoriadis (iniciando com Socialismo ou Barbárie e A Instituição Imaginária da Sociedade) e Michel Foucault (A Microfísica do Poder e Vigiar e Punir), graças à influência da Profª. Mirtes Miriam; e, depois, Jurgen Habermas (Consciência Moral e Agir Comunicativo e Conhecimento e Interesse), influência de Manfredo Oliveira.

Não posso deixar de citar os estudos que fiz sobre pós-modernidade no mestrado, motivado pela visita de Michel Maffesoli (O Tempo das Tribos e A Sombra de Dionísio), sob a orientação do Prof. Ismael Pordeus, que já no bacharelado havia introduzido esse tema nas disciplinas de antropologia.

Na ciência política, além dos clássicos Maquiavel, Hobbes, Rousseau e Locke, o mundo liberal me foi apresentado pelos Professores Francisco José Loyola Rodrigues e Francisco Josênio Camelo Parente, deles recebi o estímulo para ler Raymond Aron (As Etapas do Pensamento Sociológico), Maurice Duverger (Ciência Política) e José Guilherme Merquior (O Marxismo Ocidental).

Como profissional de ciências sociais minha trajetória começou quando ingressei como professor de sociologia na Universidade Federal do Piauí, Teresina, em 1992. Nesse ano meu filho nasceu em Parnaíba, cidade do litoral do Piauí, fato que me levou à transferência (1994) para o Campus da UFPI aí localizado. De 1992 até 1997, permaneci apenas na sala de aula, mas comecei a ser convidado para palestras em outras universidades e faculdades do estado, além de sindicatos e movimentos vinculados às pastorais da Igreja. Comecei a fazer também participações em programas de debate sobre temas sociais e políticos nas TVs locais.

É dessa época a leitura de dois livros que definitivamente jogaram minha curiosidade para as fronteiras das ciências sociais com outras ciências: Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre e A Sociedade Democrática e seus Inimigos, de Karl Popper.

Pode parecer estranho que só tenha lido a obra máxima de Gilberto Freyre depois do mestrado. Mas não se pode esquecer que seus livros eram pouco adotados na graduação e no mestrado, pois pairava sobre ele o preconceito ideológico de ser um intelectual de direita e, que, ainda por cima, era acusado de amenizar nos seus trabalhos a brutalidade e a exploração dos senhores de engenho sobre os escravos, criando o mito de uma “democracia racial”. Há que se conceder que quando entrei no bacharelado (1984) o período militar sequer havia terminado e os militares só saíram em 1985, portanto, durante minha formação ocorreu uma “desintoxicação” de tudo o que tenha supostamente se identificado com o regime autoritário.

Mas, estudando seu livro com olhos de pesquisador “durkheimiano”, descobri que a interpretação que ele fez sobre a formação da sociedade brasileira era absolutamente original, pois ele elegeu a sexualidade, em plena década de 30, como tema de análise fundamental para compreender a intensa miscigenação entre brancos, negros e índios. A facilidade com que gostos, trejeitos, palavras, danças, comidas, músicas foram intercambiados moldaram um imaginário social complexo, que se constituiu apesar e para além da violência da escravidão.

Já A Sociedade Democráticae seus Inimigos de Popper, foi definitivo para galvanizar minha crença de que a forte presença do Estado na sociedade, seja como estado de bem-estar social ou estado socialista ou nazifascista, acarreta fenômenos políticos deletérios para os indivíduos, como o populismo e os totalitarismos de esquerda e direita. Cabe frisar que ao longo da década de 90 se desenhava um cenário geopolítico internacional novo, que poucos anos antes era impossível de se prever: o fim da União Soviética em 1992; a internacionalização dos mercados; reformas nos estados de bem-estar-social; a revolução das tecnologias de informação. Pode-se resumir esse processo político, econômico e social em uma palavra: globalização.

Mas, para entender esse fenômeno em escala global eu precisava de estudar economia e política internacional. Influenciado por Popper li A Estrada para a Servidão, de Friedrich von Hayek. Em seguida assinei a revista do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio Contexto Internacional.

Em 1997 recebi um desafio do diretor do Campus da UFPI em Parnaíba: criar cursos de pós-graduação, nível de especialização. Para tanto, assumi a função de coordenador depesquisa e pós-graduação, e só me desincumbiria dessa missão 12 anos depois, em 2009.

Foi uma experiência totalmente nova, pois nunca quis ser chefe de departamento ou coordenador de curso, mas a possibilidade de criar e administrar algo novo, na minha universidade, na minha cidade, deixou-me estimulado.

Durante os 12 anos como coordenador de PPG lancei cursos de especialização que se pautaram por três critérios: demanda do mercado local e regional (entorno de Parnaíba, cidades do Piauí, Ceará e Maranhão); disciplinas que atendessem as necessidades práticas dos alunos no seu cotidiano profissional; qualidade dos professores e das instalações físicas.

Algumas vezes a demanda por cursos superava a capacidade local do Campus no que se referia à formação dos professores dos departamentos. Por exemplo: havia procura por cursos de matemática, história e psicopedagogia, porém, o quadro de professores de que dispunha estava preparado para cursos em administração de empresas, economia e pedagogia.

Resolvi essas dificuldades fazendo parceria com professores da UFPI em Teresina e com a UNICE-Ensino Superior, em Fortaleza. Assim, consegui consolidar a pós-graduação no Campus de Parnaíba e, no período de 12 anos, realizei com minha equipe vários cursos de especialização: Docência do Ensino Superior (03 turmas), Administração de Organizações Educacionais, Metodologia para o Ensino de Ciências, Matemática, Administração de Empresas (02 turmas), Administração de Pequenas e Médias Empresas, Gestão de Negócios, História do Brasil, Psicopedagogia (04 turmas) e Psicomotricidade.

No entanto, em nenhum instante, nesses 12 anos, afastei-me da sala de aula e dos estudos. Em 2005, publiquei o livro Introdução às Sociedades Abertas. No livro, tomando como base a teoria das significações imaginárias sociais, desenvolvida por CorneliusCastoriadis, procurei mostrar os significados (sentidos) com os quais a família ocidental, de origem judaico-cristã, foi investida na passagem dos séculos.

Também procurei descrever, à luz de Karl Popper, processos socializatórios que instauraram sociedades fechadas e abertas. Chegando a conclusão de que para comparar sociedades, e assim fugir das armadilhas do relativismo cultural como o imobilismo analítico e a justificativa de barbaridades, deve-se lançar mão do paradigma ético: só é aceitável como processos socializatórios aqueles que preservem integralmente a vida do ser humano, sua liberdade de pensar, de ser e de agir.

No livro, discuti as dificuldades de delimitação do espaço público e do privado no Brasil. Retratando como os conjuntos de significações imaginárias de povos diversos, com diferentes níveis de desenvolvimento sócio-econômico, que aqui se misturaram, definiram uma sociedade de identidade plural, amorfa e plástica, o que gera problemas para que um indivíduo nascido no Brasil tenha clareza para distinguir o que “é seu” e o que “é de todos”.

Fiz ainda um capítulo onde tratei do impacto da globalização no mercado de trabalho, isto é, como a introdução das tecnologias de informação no setor agropecuário e industrial liberava gente para o setor de serviços. Porém, como também os serviços modificavam a composição do processo de trabalho, com a introdução de tecnologias informáticas (caso clássico do sistema bancário com as máquinas de auto-atendimento), surgiu uma situação singular no mundo capitalista: apesar dos países, como o Brasil, naquele momento (anos 90 até 2008) vivenciarem um “boom” de crescimento e desenvolvimento econômico, portanto não estavam em recessão, persistia e aumentava uma taxa de desemprego incômoda, formada por “desempregados funcionais”, isto é, sem qualificação para as novas ocupações criadas no mercado, que muitas vezes eram as mesmas ocupações tradicionais, só que com um nível tecnológico avançado. Um operador de colheitadeira ou de retroescavadeira de hoje está muito distante do tratorista de uma ou duas décadas atrás. É esse fenômeno que o Brasil tomou conhecimento agora como “apagão de mão-de-obra”.

No ano de 2005, resultado de um dos mais exitosos cursos de especialização lançados pela CPPG, História do Brasil, publiquei, como um dos organizadores, o livro Fragmentos Históricos: experiências de pesquisa no Piauí, constituído por uma coletânea de artigos de professores e alunos do curso, que abordavam aspectos históricos das cidades do litoral piauiense a partir das linhas de pesquisa atuais da história: memória, cidade, história oral e movimentos sociais.

Ao mesmo tempo em que administrava a CPPG também ministrei aulas na pós-graduação de outras instituições, como da Faculdade Piauiense (FAP), e também continuei a aceitar convites para palestras (FAP, Universidade Estadual, Igreja Católica, Rotary Club, SESC, FIEPI e colégios de ensino médio).

Em setembro de 2004, comecei colaboração com o que na época era um site e depois transformou-se em blog de notícias, o “acesso343.com.br”. Nele, mantenho uma coluna na qual já publiquei 54 artigos, numa média de 06 artigos por ano, sempre abordando temas da atualidade: política, economia, violência e justiça, crônica social, temas existenciais (sentido da vida) e cultura.

Na verdade, transportei para o espaço virtual que os sistemas de informação permitem, a internet, meu trabalho de articulista, que remonta à graduação, em Fortaleza, quando publiquei nos Cadernos de Cultura, de O Povo, “Compadrio: base de sustentação do clientelismo no campo”, em 1988. Daí em diante escrevi esparsamente para O Povo e Diário do Nordeste e, em Teresina, para O Dia.

Mas, nada como a internet. Pois nos jornais há problemas de espaço nas colunas e de edição, que ocasionalmente mutilam o texto original, sem contar a orientação ideológica dos redatores. Na internet o texto é totalmente do autor, no tamanho, na concatenação das idéias e no ideário político. Além disso, a internet leva uma vantagem excepcional sobre a publicação de artigos nas revistas científicas, não obstante reconheça sua importância: o autor escreve e será lido no contexto dos acontecimentos.

Não é nada agradável, nem para o articulista e nem para os leitores, se fazer uma análise socioeconômica ou política hoje para ser lida daqui a seis meses. Acredito que a universidade tem de estar em sintonia permanente com a sociedade, e em um mundo de rápidas transformações nos comportamentos e nos processos de trabalho os professores têm muito no que contribuir.

Por essa dinâmica avassaladora de mudanças ao meu redor é que em alguns momentos me sinto intimidado diante da sociedade e me questiono: até onde eu devo ir, na aventura da busca pelo conhecimento, para continuar dando conta, ainda que humildemente, mas honestamente, das minhas tarefas profissionais? É possível para um cientista social, como também para vários profissionais de outras áreas, manter-se saudável diante da “destruição criativa” dos processos de trabalho que o obriga a atualizações constantes do seu conhecimento?

Nesse ano de 2012, comecei a ministrar aulas no PARFOR (Programa de Formação de Professores, gerenciado pela CAPES), para uma turma de ciências sociais, cujos alunos já atuam no ensino fundamental e médio, portanto já têm um curso superior. Nunca me preocupei tanto com a qualidade da formação de alunos como esses, porque neles eu me projetei no tempo de volta para 1984. Disponibilizei documentários; fiz uma listagem de filmes nacionais e internacionais que eles devem assistir; passei uma bibliografia mínima que eles devem dominar no nível inicial de formação em que estão; disponibilizei minha biblioteca e comecei um trabalho de orientação à distância com o objetivo de avaliar os livros de sociologia que os colégios estão adotando no médio.

Já me questionei sobre a razão de toda essa preocupação. É porquê dentro de pouco tempo esses homens e mulheres estarão sendo exigidos e avaliados no mercado pela qualidade dos seus conhecimentos, se não responderem a altura ficarão para trás, substituídos por outros mais aptos ou por outros meios não-humanos (hologramas virtuais, robôs) que suprirão essa necessidade. Eis a “destruição criativa”!

Por essas considerações encaminho meu projeto de doutorado para a linha de pesquisa “Processos de Trabalho, Estado e Transformações Capitalistas”. Peter Drucker, o grande guru da administração de empresas na segunda metade do século XX, denominou a sociedade que emergiu com a globalização de “sociedade do conhecimento”, pois foi o conhecimento que passou a ser o ativo gerador de valor nesse mundo.

Os cientistas sociais, ao tempo em que acompanham e analisam os processos de transformação no mundo do trabalho, também recebem já no decorrer de sua formação as consequências dessas mudanças. É por isso que acredito que o estreitamento de interesses entre as ciências sociais, a biologia evolutiva e a neurociência seja um caminho promissor para melhorar cada vez mais o desempenho profissional do jovem sociólogo, antropólogo e cientista político na árdua missão de compreender e explicar o comportamento do homem em sociedade.

Vi os celulares saírem das telas de cinema e TV (série Jornada nas Estrelas – Star Trek) para tornarem-se utensílios comuns nas mãos das pessoas, mas ao custo de milhares de telefonistas que perderam seu emprego pelo mundo; vi os pilotos de caça perderem o “glamour” de sua profissão (Ases Indomáveis – Top Gun), substituídos por aviões “robôs”, controlados à distância por um “nerd”, que não precisa ter habilidades de luta ou um super preparo físico... Pergunto então: o que nós faremos se os “robôs” saírem das telas de “Eu, Robô” (I, Robot) e resolverem se tornar cientistas sociais?!

(Obs: Memorial aprovado na seleção de doutorado UFC 2013/1)