3 de abril de 2008

Sintonia partidária!?

Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

Será que foi ironia do destino à união do PMDB municipal de Teresina com os petistas para eleições vindouras? Não, não foi não. Afinal, o diretório é presidido pelo deputado estadual Themístocles Filho, atual presidente da Assembléia Legislativa, com o aval do governador Wellington Dias, do PT. Portanto, a retribuição é justa, pois a ingratidão tira a afeição e lá dentro da Assembléia já há sinais de mudanças no regimento interno para que haja a recondução de Themístocles Filho para um segundo mandato.

Todos sabemos que a eleição da presidência do poder legislativo dificilmente escapa da indicação do governo do Estado, o deputado Themítocles Filho, apesar de ser do PMDB está agradando gregos e troianos. O parlamentar, além de ter a confiança do governador, com sapiência vem sabendo conduzir e administrar com maestria as atividades daquele poder e, por conseguinte, reúne em torno de sua reeleição o apoio de correligionários e oposicionistas.

Pelo andar da carruagem, segundo pesquisas, o atual prefeito Sílvio Mendes continuará administrando Teresina num segundo mandato. Os experts no assunto dizem que cada eleição tem sua história e os exemplos são diversos: já aconteceu candidatos dormirem eleitos e acordarem derrotados e favoritos perderem para as zebras. Por isso, pensando nesses pormenores é que aparecem candidaturas de todos os naipes.

Alguns comentaristas pressupõem que a intenção de Themístocles Filho é fortalecer o partido na Câmara Municipal, para elevar o número de vereadores visando o pleito de 2010. Outros acham que ele agiu de forma unilateral sem consultar as lideranças maiores do partido. Leia-se Alberto Silva e Mão Santa. Mas, o fato é que mais uma vez o PMDB, talvez até então, ainda a maior agremiação política estadual, ultimamente está servindo apenas de reboque para outros partidos menores.

Se permanecer nessa trajetória e sem entendimentos entre os seus caciques, a tendência é virar um corpo sem pé e sem cabeça, como aconteceu com o PFL e está acontecendo com o seu sucessor, o DEM. Portanto, seria de salutar importância um entendimento conjunto entre os membros. Do jeito que o barco está sendo navegado pode naufragar a qualquer momento, pois cada um rema em sentido diferente.

Quanto ao PT, um terço do partido por enquanto está silencioso, observando, mantendo uma posição de expectativa, procurando não prejudicar o processo eleitoral. Eles manifestam claramente sua inconformidade com os rumos que o PT está tomando, porém não entram publicamente na discussão porque poderia prejudicar o partido. Na eventualidade da eleição do Nazareno, esse um terço vai perguntar qual é a sua fatia do poder.