2 de março de 2009

Metafísica do Encanto


Recebi e só agora, depois de ler todo, apresento a mais nova obra do jovem, promissor e destacado poeta parnaibano – Diego Mendes Sousa –, autor de METAFÍSICA DO ENCANTO. O nome do livro, bastante sugestivo, fez-me lembrar de um esquecido mas não importante livro de Shopenhauer – Metafísica do Belo. E é exatamente isto, o encanto, o belo, o amor, que será percorrido pelo já acadêmico de Direito da FAP, Diego Sousa.

No cenário piauiense, muitos parnaibanos se destacaram nas últimas décadas, mas me parece que nos últimos anos não tem nascido muito gente boa por lá... Diego vem romper este ciclo de uma nova geração que se preocupa com os sentimentos, mas também se observa em seus poemas forte viés positivista (Augusto Conte), onde entende que a sociedade só pode ser convenientemente reorganizada se passar por uma completa reforma intelectual do homem. É essa intelectualidade que precisa ser repensada, revisitada e aplicada sob novos elementos indutores e geradores de uma nova perspectiva menos voluntarista mais pragmáticotranscendetal.

Para o poeta da APL, Hardi Filho “Diego tem uma precoce consciência literária, coisa que muitos escritores só adquirem com o tempo (...) Feliz a sociedade onde no meio literário se encontra um moço com o seu talento”, já para Kernad Kruel, o autor tem “dicção própria, a sua poétca é de alguém com muita bagagem literária. Tem um pé na modernidade e outra mais fincado na tradição. Em certos momentos, na arquitetura de seus poemas, o poeta é por demais hermético (...) Tudo no poeta é metido, disciplinado, pragmático”. Gostei muito de “O Clarão da Existência”, que gostaria que os leitores saboreassem também a metafísica revivida por Diego Sousa: “Como enramar-me de felicidade/ se o campo, a flor, o riso.../ e o descontentamento/ e a sombra do tempo/ e as estrelas se assomam/ sob o canto e o silêncio/ sobre a vida/ e a renúncia/ sobre uma pluma/ em relâmpagos/ a luz. existir em tua ausência/ na morada da minh’alma/ exânime/ Ai bárbaro destino/ como mondar a tristeza/ que me perece e me amarga/ tanto.../como?

O advogado Joseli Magalhães é Mestre em Direito pela UFPE e doutorando em direito processual pela PUC-MG