Foto: Operação sendo realizada no Bairro Santa Luzia em Parnaíba
Na manhã de hoje (08/07) foi deflagrada em Parnaíba pela Polícia Federal a operação denominada “Peçonha”, para dar cumprimento a 22 (vinte e dois) Mandados de Prisão na cidade Parnaíba e 02 (dois) em Buriti dos Lopes, ambos no estado do Piauí, além de 27 (vinte e sete) Mandados de Busca e Apreensão.
Policiais de 4 Estados (Piauí, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte), num total de 154 pessoas, participaram da ação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público Estadual, e com as informações das Polícias Civil e Militar do Piauí.
A Operação Peçonha foi realizada simultaneamente em 5 cidades: Parnaíba-PI, Buriti dos Lopes-PI, Fortaleza-CE, Sobral-CE e São Paulo-SP, tendo iniciado às 5h30m.
Durante a operação foram presos 17 (dezessete) indivíduos integrantes de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e com atuação em roubos e assassinatos na região, sendo 15 (quinze) em Parnaíba-PI e 02 (dois) em Buriti dos Lopes-PI, bem como a apreensão de drogas, veículos, armas e vários computadores.
Dentre os presos estão José Araújo Miranda, o popular “Cobra”, que foi surpreendido Polícia Federal em sua própria residência logo no início da manhã, além de um irmão e sua mãe. Também foram presos 2 (dois) indivíduos em Sobral-CE e 2 (dois) em Fortaleza-CE, além de 2 (dois) mandados de prisão a ser cumprido na cidade de São Paulo, trata-se de João Paulo e Lívia Marcele.
Na operação também foi preso um sargento da Polícia Militar do Piauí, trata-se de Edvar, que foi pego em gravações autorizadas pela justiça, onde o mesmo trocava algumas informações com o “Cobra”.
Dois elementos foram presos no Bairro Santa Luzia, eles estavam escondidos dentro de um grande lamaçal, mas saíram ao ouvirem o barulho de tiros, sendo capturados por Policiais Rodoviários Federais.
Foto: Dois elementos que estavam escondidos no lamaçal
“Uma operação dessa natureza traz uma tranqüilidade muito grande para a região Norte do Piauí e está de parabéns toda Polícia Federal da delegacia de Parnaíba, já que se tratava de um trabalho de investigação de mais de 6 (seis) meses, trabalhando de forma silenciosa, para no momento oportuno dá a resposta que a sociedade precisa”, disse o Superintendente Regional do Departamento da Polícia Federal no Piauí, Eriosvaldo Renovato Dias.
Foto: Eriosvaldo Renovato Dias, Superintendente Regional do Departamento da Polícia Federal no Piauí
“Esse é um trabalho que vem sendo feito desde dezembro de 2008, onde conseguimos monitorar essa quadrilha e consequentemente saber quem eram os fornecedores, como a droga chegava em Parnaíba. Fizemos a apreensão de algumas quantidades de drogas que era enviada pela quadrilha, onde o principal traficante da cidade era o “Cobra”, e a partir daí nós traçamos o perfil do fornecedor da quadrilha em Parnaíba e a rota da droga, onde estabelecemos 3 (três) núcleos, o primeiro núcleo em Sobral, que essa droga era enviada via Chaval, passando por Luís Correia e chegando as mãos do “Cobra”, detectamos outro núcleo em Fortaleza, onde a droga era enviada em ônibus, em linha normal, e as vezes em carro, o terceiro núcleo era capitaneado por um casal de paulistas, que resultou na apreensão de 15kg de cocaína em um caminhão que vinha de São Paulo para Parnaíba. A partir daí conseguimos constituir toda prova necessária para o desencadeamento dessa operação, com a prisão do principal líder, “Cobra”, falou o Delegado da Polícia Federal em Parnaíba, Marcos Roberto.
Foto: Marcos Roberto, Delegado da Polícia Federal em Parnaíba
Na operação foi desvendado o crime do traficante “Manjuba”, ocorrido a aproximadamente 3 meses atrás, onde os autores teriam sido indivíduos que pertenciam ao próprio grupo de “Cobra”, sendo eles: Ângelo (foragido), Juninho (preso) e Valtinho (mandado de prisão expedido hoje pela manhã). Segundo informações repassadas para a reportagem o crime seria por conta de ciúmes, pois os autores estariam sentindo-se desprestigiados dentro da quadrilha.
Os presos têm mandado de prisão temporária por 30 dias, por se tratar de crime hediondo, logo após o prazo, deverá ser pedido um mandado preventivo. Caso os presos sejam julgados e condenados serão transferidos para outras cidades, disse um Policial Federal.
A Operação Peçonha pediu o mandado de prisão temporária para o advogado Everaldo Sampaio, mas teve pedido negado pela justiça, e agora o mesmo deverá responder o inquérito em liberdade.
Por Gilson Brito
Fotos: Gilson Brito