14 de agosto de 2009

Primeiro Salão do livro de Parnaíba: multiplicidade de linguagens e públicos

Na palestra do escritor Helmar Carvalho, o poeta falou de esporte, cultura e cidadania na escola. Helmar foi apresentado pela professora Rossana Silva, que mostrou ao público o Helmar que desde cedo foi ávido pela leitura dos livros de seu pai e dos que ganhava de presente, o poeta magistrado que concilia as letras e o judiciário, tendo feito parte da Geração Mimeógrafo, na história literária do Piauí. Durante o momento do autor no auditório da Associação Comercial de Parnaíba (ACP), o vice-prefeito Florentino Neto, usou da palavra para afirmar que “a juventude de Parnaíba mostrou no Salipa que tem a qualidade de reconhecer o que é bom”. Florentino referiu-se também à intenção da Prefeitura de Parnaíba em criar para a cidade uma política municipal de incentivo à leitura com apoio de recursos das artes cênicas, tanto para perpetuar o Salipa como para proporcionar melhoramentos à Biblioteca Pública do município e expandir outros pontos de leitura na cidade.

O espaço reservado à ludicidade no primeiro Salipa é visitado principalmente por crianças da rede pública municipal de ensino, que preenchem a sala dividindo-se em grupos para a contação de história e produção de textos, orientados por brinquedistas da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, que atuam nas unidades do Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e por professores do programa Qualiescola, que qualifica professores do município nas áreas de português e matemática. Para os pequenos visitantes do Salipa, a oportunidade é única e a imaginação deixa-se guiar pela arte, e por sua própria criação.

O Salipa, repleto de alternativas para seus visitantes, apresenta palestras com autores reconhecidos a nível nacional no auditório da ACP, enquanto uma segunda platéia acompanha tudo o que se passa internamente, através de um telão instalado na parte de fora. Em apresentações paralelas, no palco do Porto das Barcas, Marcos Silva, autor da literatura de cordel, mostra que a experiência em atrair a atenção do público vem experiências com platéias de outras regiões do país, por onde difundiu a cultura parnaibana. Em seu show, muito bem humorado, Marcos sempre destaca para a platéia na maior parte formada por crianças e adolescentes, a importância da leitura para o estímulo à criatividade.

Por Romualdo Neves
Fotos: Gilson Brito