Desta vez a o governador Wellington Dias reuniu o PMDB total. Frisa-se de passagem a presença dos parlamentares dissidentes. Objetivo: trazê-los para o seio do governo visando à sucessão estadual. Recentemente, o governador, numa tentativa de aglutinar as lideranças do momento reuniu num mesmo local todos os cinco pré-candidatos à sua sucessão.
Os presentes: o secretário de Educação Antônio José Medeiros (PT), o senador João Vicente Claudino (PTB), o prefeito Sílvio Mendes (PSDB), o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) e o vice-governador Wilson Martins (PSB). As conversas foram harmônicas e todos se “comprometeram” a apoiar o candidato melhor colocado nas pesquisas, tanto quantitativa como qualitativa.
Em entrevista aos meios de comunicação locais, todos se mostraram solícitos com o governador. Acontece, porém, que tudo não passa de fachada para continuarem com os cargos que detêm ou ocupam. Ora, se na época da campanha o governador - se assim decidir candidatar-se a senador – não estará mais com a caneta na mão, será que os mesmos que juraram fidelidade agora ainda seguiriam os seus posicionamentos futuros?
O já falecido jornalista e escritor José Lopes dos Santos tinha uma coluna num jornal local denominada “A vida e seus caminhos”, que mostrava exemplo de fatos sobre a reviravolta de certos acontecimentos no passado, no presente e no futuro. Isso significa dizer, que na política as pedras se movem de lugares como águas de chuva. Prova disso, são as constantes mudanças de partidos da grande maioria dos políticos brasileiros. Eles caminham de acordo com a conveniência.
Portanto, mesmo com a boa intenção do governador Wellington Dias, em deixar o governo nas mãos de um aliado, presume-se que no final das contas, que é a realização das convenções que homologam os candidatos, todo esse quadro político atual juntamente com o seu esforço pessoal, poderão ir por água abaixo. A eleição do próprio governador serve de exemplo para todos. O exemplo da sua primeira eleição para o governo estadual - por uma circunstância - deixou sem medo àqueles que estão postulando o cargo em 2010.
Vale ressaltar, que toda essa preocupação do governador Wellington Dias se dá por causa do crescimento da eventual candidatura do prefeito Sílvio Mendes, que evolui nas pesquisas no interior do estado dia a dia. Ressabiado, o prefeito espera a confusão dos aliados para decidir de vez se é ou não candidato.
Nesta esteira de acontecei mentos, os tucanos piauienses fazem a sua convenção no próximo dia 21 de novembro para renovação do diretório estadual. O deputado Luciano Nunes será eleito presidente do partido. Nesse dia os pronunciamentos deverão ser direcionados ao lançamento da pré-candidatura do prefeito Silvio Mendes a governador em 2010. Esperemos.
Por Janio Holanda - Jornalista