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O PMDB só ajuda
O PT tá fazendo de tudo para ter o novo candidato da base aliada ao governo do Estado nas eleições vindouras. Lembram-se do lançamento da candidatura do secretário de fazenda Antônio Neto. Pois é, se naquele momento o ato pareceu comemoração de vitória após a contabilização de votos nas eleições que elegeram Wellington Dias, imaginem agora no lançamento do substituto Antonio José Medeiros ao governo do Piauí nas eleições 2010. Aos gritos e chamando o deputado Marcelo Castro (PMDB) de "nosso vice-governador", militantes petistas presentes na cerimônia fizeram barulho ensurdecedor.
Mas, por falar no nome de Marcelo Castro que o seu partido lançou – faz tempo – o seu nome como candidato ao governo estadual nas eleições de 2010, pregando a união da sigla. Agora, parece-me que já está pronto para realmente ser vice de Antônio José Medeiros. Estaria certo, ou não? E os mais de 140 mil votos recebidos por ele no pleito anterior, que segundo seus companheiros, o credenciavam como candidato número 1 a sucessão de Wellington Dias? Se isso acontecer, prova mais uma vez que o PMDB no Piauí serve apenas de bengala para escorar os outros.
Apesar da euforia petista, o governador ainda se safa de confirmar o nome que terá o seu apoio na campanha de 2010. Por que senão ele não teria dito em entrevista à imprensa naquele mesmo dia que: “o Antônio José é um amigo de longas datas, além de ser o candidato do meu partido, mas não podemos esquecer que podemos esquecer que existem outros partidos". Não sei não, mas os analistas políticos dão como certo o apoio do governador ao senador João Vicente Claudino, do PTB.
Comedido, Wellington Dias, depois de vencer duas eleições e comandar o Estado por quase 8 anos (se sair para ser candidato ao senado) ele quer deixar semeado o caminho para o congresso, bem como o de volta para 2014. Com João Vicente na cabeça, o governador acha que é mais viável vencer as eleições, pois o único candidato da oposição, com chance é o prefeito Sílvio Mendes, do PSDB. Porém, com a candidatura de um aliado seu, no caso o senador João Vicente, talvez desista de concorrer, e isso torna a parada mais fácil.
Portanto, resta saber, onde ficaria na história o vice-governador Wilson Martins, do PSB que não admite – até o momento – nenhuma hipótese de ficar sem disputar o pleito estando sentado na cadeira de governador, se Wellington Dias realmente se afastar. Mas, como sempre gostava de dizer o falecido Alberto Silva, que comparava a política como nuvem - sempre mudando de lugar -, tudo ainda está indefinido até o início do próximo ano. Há, sim, porém, muita especulação. Somente isso.