7 de novembro de 2009

Sucessão: uma celeuma

Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

O governador Wellington Dias (PT) voltou a afirmar, em recente entrevista, num canal de televisão de Teresina, que não está querendo falar das eleições de 2010 agora. Apesar de assegurar que não falará da sua sucessão este ano e mais do que decidido, está disciplinado para tratar do assunto apenas no tempo certo.

Mesmo assim falou sobre as pré-candidaturas dos aliados afirmando que “os homens públicos devem colocar os projetos pessoais em segundo plano”. Para um bom entendedor, a tascada foi direcionada para o seu vice-governador Wilson Martins (PSB) e ao senador João Vicente Claudino (PTB). Todos que estão acompanhando o desenrolar da sucessão estadual já ouviram e deduziram que os dois não abrem mão das candidaturas, ao menos que o governador Wellington Dias continue no cargo até o final do mandato.

A de se perceber, também, que o governador Wellington Dias está desenvolvendo um plano para reforçar a sua estrutura e a candidatura dele próprio ao senado federal. ”A eleição é só no ano que vem e a gente deve deixar as coisas para o tempo certo, sob pena de você dizer uma coisa hoje e amanhã ser um cenário diferente e você ter que arranjar uma explicação para justificar o que disse fora do momento certo”.

A candidatura do governador Wellington Dias só se viabilizará, após a formalização da aliança dos partidos que hoje congregam o governo. Esta aliança depende ainda das convenções, e até lá muita água podre passará por baixo da ponte eleitoral, se PSB, o PTB e até o PMDB insistir em candidatura própria. Apesar de Wellington ter chances reais de vencer as eleições para o senado quer evitar uma queda de braço com alguns dos partidos da base.

Porém, uma das alternativas que podem tirar o governador desta celeuma que, talvez, já lhe tira o sono, seriam, além das intenções de votos perante as pesquisas eleitorais, as alianças nacionais. Estas opções dariam ao governador argumentos para indicar o seu apoio ao futuro sucessor. Outro importante fator é o desempenho da economia do Estado até março do próximo ano, quando faltaria apenas um mês para o seu afastamento do cargo. Esses pontos, ao meu entender, seriam os principais balizadores da escolha do candidato da base governista.

De certo é que a população piauiense ainda se encontra dividida ao comentar sua preferência de candidatos à sucessão estadual. Apesar da disputa para as eleições 2010 no Estado do Piauí está se desenhando entre o vice-governador Wilson Martins (PSB) e o senador João Vicente Claudino (PTB), da base aliada, Sílvio Mendes observa o andar da carruagem para no momento certo pular em cima da sela do cavalo.