19 de maio de 2010

Deputada se manifesta contra a pedofilia

A deputada estadual Flora Izabel (PT), utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa ontem (terça-feira,18) para falar da luta à prática de pedofilia. O dia 18 é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.

Na oportunidade, Flora Izabel destacou a importância de ações de combate à pedofilia por parte do poder público e da sociedade em geral. “Em todo o país, as entidades de proteção às crianças e adolescentes estão mobilizadas na luta contra esse crime hediondo que deixa seqüelas na vida das pessoas agredidas”, disse a parlamentar.

Pesquisas da Associação Brasileira de Proteção à Infância apontam que 49% das vítimas de pedofilia possuem idade entre 2 e 5 anos, e que, em todo o Brasil, cerca de 165 crianças ou adolescentes são vítimas de abuso sexual por dia. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OIT), 1,8 milhão de crianças e adolescentes em todo o mundo sofrem abuso sexual.

Conforme os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Brasil apresenta uma triste colocação no ranking da pedofilia, pois ocupa o 1º lugar na América Latina em crimes cometidos pela internet, sendo que 52% das vítimas são crianças e adolescentes entre e 13 anos. Ainda de acordo com o Fundo, 80% das agressões desse tipo no mundo são praticadas por pessoas próximas, quase sempre um parente ou um amigo, o que torna ainda mais grave a situação. “São pessoas que deveriam cuidar e proteger essas crianças, já que estas, pela proximidade e parentesco, gostam e confiam nessas pessoas”, destacou Flora Izabel em seu discurso.

Para combater essa prática criminosa, será realizada na Assembleia Legislativa uma audiência pública no dia 1 de junho deste ano, com a presença do senador Magno Malta, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito contra a Pedofilia. Magno irá propor no Congresso Nacional a criação de uma lei para punir com prisão perpétua os pedófilos no Brasil.

Precisamos aprovar leis mais duras para não deixar impunes esses monstros que usurpam a dignidade de quem deveriam proteger”, defende a parlamentar. “Além disso, a punição desses agressores é um anseio não só das famílias que já tiveram filhos ou filhas agredidos sexualmente, mas por todos os que se sentem indignados e na obrigação de zelar pelo bem-estar dessas crianças e adolescentes”, finaliza a parlamentar.

Por Mírian Gomes