No início da semana, alguns profissionais que atuam na Rádio e TV Antares foram afastados, gerando expectativa na mídia de que se estaria praticando um holocausto (perdão pelo exagero). Mas a situação não é, nem de longe, parecida a uma caça às bruxas como alguns tentaram transparecer para a opinião pública. São profissionais ligados à Cooperativa que presta serviço e, na prática, mantém as emissoras no ar. As primeiras notificações disseminaram o medo entre os profissionais: teme-se pelo fechamento das emissoras. Interlocutores da Coordenadoria de Comunicação, à qual a Antares é ligada, mostram um outro caminho para a TV e rádio. O governador Wilson Martins deseja fortalecê-las como instrumento de comunicação estatal, compromissada com a sociedade, exigindo mais programação local e alcance mais amplo. Mas também quer um outro modelo, longe da estrutura atual: a cooperativa tem quase 200 associados, muitos que nem sabem onde fica a estatal. Em outras palavras, ganham sem receber. E isso o governador já mandou dizer que não aceita. Quem conhece o funcionamento da cooperativa que presta serviço à TV Antares tem dados que assustam: alguns profissionais, como uma jornalista que esteve lá até o mês passado, ganhavam R$ 3.500 para fazer um único programa por semana. E ainda achavam pouco.
Por Arimatéia Azevedo