26 de julho de 2010

Clima político e metereológico

Coincidentemente, o clima político esquenta junto com a temperatura anunciada diariamente nos meios de comunicação, através de fontes metereológicas. Apesar de os entendidos afirmarem que o debate ocorrido na semana passada numa emissora de TV da capital, ter sido “de alto nível”, o que se viu fora do studio foi uma verdadeira manifestação calorosa das torcidas organizadas dos principais candidatos nas ruas que circundam o local do evento.

Claro que isso faz parte do jogo. Porém, estratégias à parte, a calor da campanha elevou-se quando saiu a primeira lista “Ficha Limpa”. De lá para cá, os partidos e candidatos começaram a promover uma verdadeira enxurrada de representações judiciais contra os adversários pedindo impugnações de candidaturas. Mas, até aí, tudo bem. É uma arma que todos podem utilizar, pois tem o respaldo da justiça eleitoral.

Contudo, por outro lado, e o que é muito pior e ilícito, são as denúncias de compra de lideranças e partidos por parte dos candidatos mais aquinhoados. E o Ministério Público que tem o papel de fiscalizar onde está nesse momento? E a Justiça Eleitoral que tem a prerrogativa de punir, também precisa enxergar estas denúncias e aplicar a lei. Havemos de convir, que a Justiça tem feito seu papel quando se tratam de casos de irregularidades nas campanhas municipais passadas. Prova disso, são as inúmeras cassações de gestores que foram eleitos às custas da captação ilícita de votos.

Alguns até ensaiam em dizer que isso só acontece com os peixes menores. Mas não. Percebe-se que o Brasil está mudando e o nosso Piauí não só pode como deve seguir os mesmos passos, para não servir de chacotas mos meios de comunicação nacional. Este alerta serve para todos, pois a campanha agora que começou. Tanto os candidatos, como as instituições envolvidas precisam fazer as suas partes. Se não, ainda vamos estar longe de alcançar a verdadeira democracia pregada diariamente por nossos representantes.

Portanto, o eleitor que tem instrumento de levantar, bem como derrubar, deve repito, fazer também a sua parte. O voto que está sob seu domínio é que vai direcionar o destino deste pobre Piauí, carente de figuras políticas compromissadas com o verdadeiro desenvolvimento.

Mudar é preciso, e ainda há tempo.

Jânio Holanda - Jornalista