A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Piauí pediu que o Ministério Público Federal investigue os institutos de pesquisa pública no Piauí. Para o presidente da OAB no Estado, Sigifroi Moreno Filho (foto), houve indução do eleitorado ao erro.
Sem citar os nomes dos institutos que estão sob suspeitas de terem vendido resultados fraudulentos, Sigifrói Moreno, se municia de informações jornalísticas para solicitar a investigação. Nos documentos, entretanto, estão listados os nomes dos institutos suspeitos e os que acertaram o resultado do dia três de outubro último.
As pesquisas eram referentes as intenções de voto dos eleitores piauienses. Mas no último dia 3 de outubro, os números nas urnas tiveram a diferenças superiores a 10 pontos percentuais em relação ao mostrados pelos institutos de pesquisa.
Para o presidente da OAB-PI, a disparidade não se trata de margem de erro, mas um desacerto evidente, passível de indução a erro e de interferência no processo eleitoral.
"Alguns institutos agiram de forma, no mínimo, irresponsável, para não dizer criminosa", acredita Sigifroi. Para fundamentar as alegações, a OAB encaminhou ao MPF documentos, dentre eles matérias jornalísticas, que comprovam a ocorrência de discrepâncias entre os números de diversos institutos de pesquisas do Piauí e os que realmente se confirmaram no dia da eleição.
Os únicos institutos que confirmaram os resultados da eleição de três de outubro no Piauí, dentro das margens de erros, foram o Captavox e o Data AZ.
Estão sujeitos a investigação o Amostragem, o Instituto Jales, o Antônio Houais, o Data Certo, Ipop e Vox Populi. Alguns desses institutos chegaram a colocar o candidato JVC na frente dos demais candidatos, quando ele ficou em terceiro lugar.
O Conselho Federal da OAB apoia a iniciativa da seccional do Piauí. A informação sobre a investigação está no site da OAB.
Portal AZ