18 de janeiro de 2011

Política: falar não é difícil, difícil é fazê-la


Nesse momento, qualquer julgamento, positivo ou negativo, a respeito da administração dos governos recentemente empossados Brasil afora seria muita precipitação. Todos sabem que a maioria da população não gosta de política. Porém, existem muitos “analistas” autoproclamados neste país. Eles estão em todo canto. Seja em rodas durante o famoso cafezinho do shopping, em mesas de botecos, festas sociais, enfim, por onde há reuniões de pessoas, inclusive antes das peladas de futebol amador realizadas nas cidades.

Apesar de as eleições terem sacramentado os nomes dos escolhidos pelo povo para representá-lo nas diversas esferas do poder, as opiniões dos eternos apaixonados reascende os debates sobre essa arte de governar. Falar de política, não é difícil. Mas difícil é dar uma resposta clara e objetiva, pois, a política é muito abrangente. Na maioria das vezes, acredita-se que tem muito haver com discussão entre as pessoas no intuito de buscar uma solução para “o problema”.

Infelizmente, apesar da importância deste assunto, são poucos os interessados, pois, a maioria da sociedade foge do tema política, achando que isso é dever somente de quem está no poder, mas não sabem que são eles que acabam fortalecendo ainda mais a chance dos desonestos se corromperem com facilidade e continuar enganando o povo. Quem não participa da política, será só mais um tendo o trabalho de votar, além disso, estará votando em vão.

Pois bem, todo governante que assume o comando do executivo, seja nos níveis municipal, estadual ou federal quer deixar sua marca pessoal. E aí, como diz o ditado, “é onde mora o perigo”. Explica-se: Dificilmente o sucessor quer rezar na mesmo cartilha do antecessor. Se o (ex) tiver realizado uma administração aprovada pelo povo entre os conceitos regular e bom, o atual vai querer alcançar o conceito ótimo. Também se o antecessor sair desaprovado o sucessor seguramente quer ser aprovado.

Claro que o exemplo acima citado apenas condiz com o óbvio. No entanto, nenhum administrador que tenha completado todo o seu mandato no período previsto em lei ficaria todo esse tempo sem realizar alguma boa ação em prol do seu povo. Resumindo: poucos administradores aproveitam e prosseguem com os feitos do antecessor, embora sejam de relevo. No mínimo introduz alguma mudança para emplacar a marca. Por isso, repito, querem inovar além do limite e acabam atirando nos próprios pés, por causa de um simples orgulho pessoal.

Mas Política é a arte de governar, é o uso do poder para defender seus direitos de cidadania. A idéia da Política é ter uma forma de organizar a sociedade, em seus diversos âmbitos evitando que chegue a um caos sem ordem ou a uma bagunça tratando da comvivência dos diferentes. E isso que a torna tão complexa e conseqüentemente, interessante.

Ela é fundamental na vida de todos, pois através da política se constrói a vida da população, não podemos ingenuamente nos abster, cabe a população a discussão e pressão dos governantes. A política na atualidade encontra-se bastante deteriorada. Precisando urgentemente de uma reforma. Com mais responsabilidade partidária, com mais definições e execuções dos seus representantes.

Jânio Holanda – Jornalista