21 de março de 2011

Ano letivo da rede estadual ainda não começou em várias escolas de Batalha-PI

Nonato Silva - Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Batalha-PI
Enquanto na zona urbana os alunos da rede estadual de ensino estão estudando desde o mês de fevereiro, os da zona rural estão sendo prejudicados, pois até agora as aulas não começaram. Este é mais um aspecto que mostra o quanto a educação da rede estadual está prejudicada por uma total falta de planejamento da SEDUC.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Nonato Silva, que protocolou denúncia junto ao Ministério Púbico Estadual, o calendário escolar 2011 começou dia 14 de fevereiro, porém 4 pólos de Ensino Médio da zona rural de Batalha continuam sem aulas, são eles: Imbiribas, Vitória de Baixo, Caraíbas e Bela Vista; ao todo são aproximadamente 400 alunos matriculados nas séries: 1º, 2º e 3º ano.

“Quando a Supervisão Estadual de Educação é indagada sobre a questão, justifica que está aguardando a liberação dos prédios por parte da Prefeitura, uma vez que estes são de propriedades do poder Público Municipal. Acontece que a rede estadual não possui prédios escolares na zona rural para funcionamento dos Pólos, por isso desde a abertura que vem usando em forma de parceria os prédios da municipalidade e esse ano até o presente momento não houve entendimento entre a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado. Com isso os alunos estão prejudicados por falta de aulas, sobretudo os alunos de 3º ano, que estão se preparando para os vestibulares no final do ano”, reclama Nonato Silva.

A supervisora de Educação da Seduc no município, Alecsandra Batista, admite a falta de acordo entre os entes públicos. “Nós encaminhamos um oficio ao gestor municipal solicitando a liberação das escolas, mas até o presente momento não foi possível, haja vista que o município fez algumas exigências”, disse a supervisora.

Por sua vez, a Secretária Municipal de Educação, Laura Leite frisou que o prefeito Amaro Melo tem todo o interesse na questão, mas é preciso uma contrapartida do governo do Estado. “Existe um custo para abrir as escolas, e o município não pode arcar sozinho com o ônus”, comentou Laura Leite.

O transporte escolar na rede estadual de ensino é outro problema apontado por Nonato Silva .... O transporte escolar é feito em carro aberto, sem segurança, inclusive feito com caminhão pau-de-arara, um total desrespeito a legislação de trânsito, pondo em alto risco a vida de jovens estudantes que utilizam esse tipo de transporte para chegar à escola, denuncia Silva.

Nesta segunda-feira (21) o sindicalista tem audiência marcada com o promotor de Justiça, Dr. Walter Henrique, para prestar maiores esclarecimento sobre a questão.

Folha de Batalha

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