Jânio Holanda |
A eleição vitoriosa de um filiado do Partido dos Trabalhadores (PT) para a prefeitura do município de Campo Maior; a cassação do prefeito do município de Esperantina, pertencente à sigla; o imbróglio da SASC e a briga pelos cargos das Fundações Antares e Fapepi, e ainda a indicação da CODEVASF têm causado sérias dores de cabeças ao comando do PT piauiense. Há bastante tempo no poder, tanto nos governos estadual e federal o partido voava sobre o Piauí ,em céu de brigadeiros.
Agora um ressentimento profundo, parece ter invadido alguns cérebros das cabeças pensantes do partido, por não terem optado por uma candidatura própria nas últimas eleições para o executivo estadual. Suponho que esse ressentimento da maioria dos petistas tem nome e sobrenome, que é o ex-governador e atual senador, Wellington Dias.
Todos que acompanharam o desenrolar da sucessão estadual, antes das convenções para homologações das candidaturas sabem que as constantes indecisões de Wellington Dias na escolha do candidato da então base aliada contribuíram para isso. Mas o homem era o comandante mor e ninguém queria tomar coragem de desautorizá-lo. De certo, é que o atual governador, predestinado como ele é, não está soltando totalmente as rédeas para o PT como Wellington o fez durante o período que governou o Piauí.
Obstinado, Wilson Martins tem um plano de administração próprio e para isso quer ter o controle total de tudo que circunda a sua volta enquanto estiver no comando do poder. Mas, o PT é assim mesmo, durante toda a sua trajetória o partido sempre foi polêmico, tanto que (salvo engano) é o único partido político brasileiro que tem mais alas do que as escolas de samba do Rio de Janeiro.
Vejam algumas das celeumas envolvendo o partido nesses últimos dias. (1) Por causa da decisão do governador Wilson Martins em exigir uma lista tríplice para escolher o nome que vai ocupar a Sasc, um grupo de petistas insatisfeitos ensaiou até peitar o governador; (2) O deputado Paulo Martins, que se elegeu prefeito de Campo Maior em eleição suplementar, ainda quando deputado tinha indicado os nomes dos diretores das Fundações Antares e Fapepi. Só que o suplente e agora deputado Cícero Magalhães, reivindica para si os cargos e o outro não quer largar o osso.
Por último, (3) a cassação do prefeito Chico Antônio de Esperantina, levou o presidente do Partido, deputado Fábio Novo a insultar Justiça Eleitoral, por causa do voto de minerva do presidente do órgão, Raimundo Eufrásio, a favor da cassação. O fato ainda rende manchetes nos meios de comunicação. (4) Além disso, o partido cogita ainda a direção da CODEVASF, cargo pretendido pelo governador Wilson Martins.
Esperemos. O governo do Wilsão apenas começou.
Jânio Holanda - Jornalista