17 de maio de 2011

‘SOS Uespi’ aparece entre os 5 assuntos mais comentados do Brasil no Twitter


Com o objetivo de dar maior visibilidade ao movimento e sensibilizar o poder executivo, na manhã desta terça-feira (17) a campanha SOS Uespi foi um dos tema mais comentados no Twitter do Brasil, chegando a ocupar a terceira posição. Uma das principais redes sociais foi usada como canal de comunicação para um manifesto que se desenvolve desde o fim do ano passado.

Visando receber destaque no Trends Topics (TT’s), lista de assuntos mais comentados no microblog, a campanha tenta levar os problemas da instituição ao topo das discursões. A mobilização através da mídia social foi idealizada pelos participantes da campanha que visa melhorias na Universidade Estadual do Piauí. “Professores, funcionário e alunos decidiram, em conjunto, realizar o manifesto”, explica o professor Orlando Berti.

Acompanhando o debate, Berti explica que usará o 'twitaço' como objeto de pesquisa em um artigo científico. Os 140 caracteres disponíveis, entretanto, parecem não ser suficientes para a lista de reclamações. O professor explica que uma das principais e mais urgente reclamação diz respeito à falta de estruturas básicas da universidade. “Precisamos de incentivo à pesquisa. Trata-se de um investimento na própria sociedade”, afirma Berti.

“Percebemos, após vários dias seguidos, que a tag SOSUespi era bem citada no Twitter. A partir disso percebemos a importância de agendar um horário para centralizar as discursões”, esclarece o professor Daniel Solon, diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Ele esclarece que a escolha da data, entretanto, não teve relação com o aniversário do governador Wilson Martins. 

A professora de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Jaqueline Dourado, explica que atualmente as redes sociais exercem um papel de mobilização inimaginável. “O twitaço da Uespi é uma manifestação válida. É claro que um protesto físico é importantíssimo, mas o Twitter atinge um grande público e é formador de opinião, além do seu poder de mobilização da mídia”, explica a doutora em Ciências da Comunicação. 

Uma semana de greve

Segundo o diretor do Andes, Daniel Solon, após quase uma semana de greve, nada de concreto foi apresentado pelos gestores. A adesão dos docentes, porém, vêm aumentando. Os professores substitutos e em caráter probatório sofrem, por parte da administração superior, uma pressão muito grande. “Estamos trabalhando em conjunto com esses professores, porque eles têm direito à greve”, declara Solon.

Por Jéssica Monteiro
Portal AZ