Jânio Holanda |
Estamos sob o domínio de um partido político que antes do poder se auto-afirmava como o arauto da moralidade. Com o intuito de eternizar-se no poder aliou-se aos políticos mais corruptos do país e de lá para cá o que vemos são sucessivos escândalos praticados junto às instituições. Nós, mortais, até que imaginávamos o fim da carreira e o enterro político da maioria dos envolvidos no golpe do Mensalão.
Que nada. Os homens que se locupletaram do nosso dinheiro deram uma guinada de 180 graus e hoje são os mais prosperados, tanto na vida pessoal como na vida pública. Tudo que nos surrupiaram serviram e estão servindo para a conquista de novos mandatos eletivos e também para o controle de órgãos importantes da Nação.
No governo do presidente Lula, onde as práticas maléficas ocorreram diante do seu nariz, ele apenas, quando indagado sobre o assunto respondia seus interlocutores em tom de ironia, uma arma que lhe é peculiar. Não molestado pela justiça saiu incólume do governo, elegeu o sucessor e ainda sonha com a volta ao poder.
Tímida, Dilma Roussef, eleita por intermédio do programa Bolsa Família, ampliado por Lula, ainda segue e reza na cartilha do padrinho político. Todos nós sabemos que o ex-presidente continua dando pitaco e até nomeia seus asseclas para cargos importantes no Novo governo. Ela manteve as mesmas caras dos partidos da base governista de Lula. Resumindo: a hegemonia do Congresso em favor do atual governo continua como antes.
Por isso, perguntamos: Pode um país deste ir pra frente? Não sei, não. Continuando com os Sarneys, os Renans e outras “pragas” da vida dando as cartas no Congresso jamais sairemos do buraco. Pois é. Quem manda é essa turma, pois mesmo sendo comprovadas as denúncias da roubalheira milionário no Ministério dos Transportes, o manda chuva do partido, Mensaleiro Valdemar da Costa Neto, queria porque queria indicar o substituto do ex-ministro demitido. Pode?
Mas, o que me deixou mais perplexo ainda foi à própria presidente Dilma Roussef, enviar emissários para pressionar a saída – “a pedido” de dois diretores do Dnit (órgão que supervisiona obras em rodovias). Os digníssimos “senhores” Luiz Antônio Pagot (PR) e Hilderaldo Caron, do PT, envolvidos até o pescoço nas falcatruas dentro da instituição. Ah, que saudades da ditadura!
O povo brasileiro tem a mania de afirmar – e com razão - que crime cometido por político não dá em nada. Porém, pelo menos, uma coisa é certa: a imagem fica arranhada, mas para quem não tem vergonha isso pouco importa. Aqui no Piauí, talvez em outros estados da Nação as falcatruas do Ministério do Transporte já bateu nas portas de alguns.
A imprensa já cita uma empresa da família do deputado Marcelo Castro como beneficiada. Se há algo certo ou errado cabe ao Ministério Público afirmar, agora as especulações são muitas.
Outro assunto em evidência no Estado é o que envolve alguns deputados estaduais que estão sendo investigados pela Polícia Federal. Segundo o noticiário, tem muita sujeira por baixo do tapete da Assembleia Legislativa. Mas como o caso corre em segredo de justiça. (será?) Esperemos o desenrolar dos fatos para assim podermos dar o nosso pitaco com mais segurança. Muda Brasil!
Jânio Holanda – Jornalista